Fui professora de idiomas por mais de 15 anos, mas hoje eu quero distância das salas de aula.

Quando comecei, eu era cheia de ideais, super empolgada, acreditando piamente que eu poderia \"fazer a diferença\" e que ensinar seria altamente gratificante, apesar da questão financeira. De lá para cá, esse ânimo todo desmoronou. Alunos desinteressados e indisciplinados, pais indulgentes, escolas mais focadas no aspecto comercial do que pedagógico e políticas educacionais absolutamente equivocadas acabaram por me desencantar. Eu nunca trabalhei em escolas públicas, mas colegas meus que trabalham compartilham do mesmo desencanto e até mais.

Infelizmente, vivemos num país e numa época em que a educação parece ser vlorizada, mas isso é ilusório. Se por um lado o mercado de trabalho exige a formação acadêmica, por outro a qualidade dessa formação não é questionada. Ou seja, no final das contas o que interessa ao aluno (e seus responsáveis no caso dos menores) é o título e não o conteúdo. Juntando isso a um imediatismo latente e a ideia absurda de que não é preciso esforço individual, é depositada no professor a expectativa de sucesso do aluno e não o contrário. Se o aluno tem baixo rendimento, a culpa é do professor e não da falta de dedicação do próprio aluno.

Em 15 anos, perdi a conta de quantas vezes fui pressionada por pais e diretores a \"aprovar\" alunos absolutamente incapazes de avançar ou de quantas vezes tive minha competência questionada porque um ou outro aluno não tinha o rendimento esperado. Perdi a conta de quantas vezes me foi pedido que fizesse \"vistas grossas\" ao péssimo desempenho de uma turma. E nem vou comentar sobre a impotência diante da indisciplina e desrespeito dentro da sala de aula.

Por essas e muitas outras, incluindo a questão financeira que nem de longe compensa o volume de trabalho e estresse, que hoje eu quero distância das salas de aula. Cansei de ver todo o investimento que fiz na minha formação ser desmerecido descaradamente, em todos os sentidos.

Porém, esse meu relato não é para desestimula-la quanto à carreira. É apenas para mostrar o outro lado que você terá que enfrentar caso realmente opte por isso. É um sacerdócio, como já foi dito. Exige sacrifícios que eu já não estou disposta a fazer, mas que podem ser válidos caso você considere que a contrapartida lhe é gratificante.

Se a dúvida é salário, no domingo passado teve provas para concurso de professor municipal (pré-escola até nona série) na minha cidade (Campo Bom, RS) e o sálário oferecido para 20 horas semanais é em torno de 1050,00

Oi linda estou preste a me formar em pedagogia sabe ,lecionar e algo que vai muito alem do querer e admirirar, amar,aceitar em fim e uma profissão que nuncaterá fim. Pense bem.