Oioioi, Curicos - ops! Novela errada!

Tudo bem, amadiuuus?

Hoje estou de volta, com o pires na mão, em busca de advices.

Gente, depois de o mundo dar muitas voltas, consegui um emprego aqui em Floripa. Quase um ano sem trabalhar, socorro. Buenas, o trabalho é legal, os assuntos são muito interessantes, não é nada sequer parecido com qualquer coisa que eu já tenha feito na vida. Porém, aaaaai, porém (Paulinho da Viola já vaticinava a minha sina), meu chefe é bipolar. Certeza. O cara muda de humor de hora em hora. Fala barbaridades pra todo mundo, implica com coisas aburdas, é grosseiro, é chato, é cheio dos rapapés... um poooorre de vinho Frei Damião de caixinha.

Só pra ilustrar bem os episódios ridículos, ele já reclamou comigo por deixar as persianas da sala que ocupo abertas (o sol queima os móveis!), mas vive me dando letra que sou uma mal-agradecida por nunca abrir as janelas e apreciar a lyndra vista que só eu tenho o privilégio de ter; já me fez trocar de lugar numa sala de reuniões, porque estava sentada "no lugar do chefe" (sendo que em todas as outras ocasiões, eu havia sentado naquele local sem ele jamais ter dito nada, e simplesmente escolhi o tal lugar pra ficar mais fácil de acompanhar uns relatórios que ele estava me mostrando); me chamou a atenção por escrever uma anotação (na verdade, taquigrafar, ja que ele dita à velocidade de cruzeiro) direto sobre a mesa de madeira, estragando o móvel, me disse pra ir ao médico e ver como andam meus olhos, já que eu não enxergo onde devo colocar vírgulas em meus textos e por aí vai.

Algumas vezes eu rebati as ofensas, meio que monossilabicamente, pra que ele não pense que sou uma imbecil completa, mas essa meia imbecilidade que resta deve ser o suficiente pra ele não se vexar e continuar incomodando dessa maneira.

Tem coisas que eu acho que ele faz de maldade, como não pagar nenhum funcionário no dia 5, mesmo já tendo sacado o dinheiro dos pagamentos 3 dias antes, ou deixar pra me chamar pra revisar prazos depois das 18h, sabendo que eu tenho uma filha pequena para apanhar na escola e que não consigo chegar em menos de 50 minutos para buscá-la - mas a escola fecha impreterivelmente às 19h.

Meu período de experiência aqui acabou e ele so promete conversar sobre a nova forma de pagamentos, mas neca de isso acontecer. Sinceramente, dependendo da nova proposta de acerto financeiro, eu nem aceitaria continuar: a matéria é excelente e os colegas são muito legais, mas ele é um purgante total. Contudo, como eu não sei se em termos de grana o salário vai ser atraente, fico nessa indefinição incômoda, além de ter que me prostituir todas as vezes em que sou obrigada a ficar trancada numa sala por 2, 3 horas revisando pela trigésima vez nos últimos 20 dias o mesmo relatório, só porque a cada nova leitura ele acha que tem que por mais uma vírgula, acrescentar mais um adjetivo, criar mais um parágrafo e por aí vai.

O que eu devo fazer? Meu botãozinho do f0d@-se não tá dando mais conta de tanto retardo mental! Help me, ooooooohhhh!