TRAUMA DE UM ABUSO SEXUAL

98 respostas [Último]
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Freud
No PF desde: 13/08/2011

Eu li tudo que foi escrito por todas e fico sem ação, impotente seria a palavra correta, quando abri o tópico não esperava que direta ou indiretamente houvesse confissões de abusos sexuais, mas percebo que um número expressivo de mulheres sofreu ou sofrem a violência física e moral. Infelizmente eu sei que o tempo não volta e não se pode passar uma esponja no que foi hediondo, como escrevi anteriormente, eu admiro a força e a fé de todas em continuar vivendo normalmente, mesmo que tenham sido marcadas.


“e recentemente novamente, mas me dói muito falar sobre isso”


Amiga 02 é preocupante o seu relato, foi e continua sendo molestada? Fale sobre o assunto.


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amiga 02
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No PF desde: 07/10/2010

não, eu não continuo sendo molestada... foi algo que aconteceu alguns meses atráz


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Freud
No PF desde: 13/08/2011

Amiga 02

Existem determinadas situações que temos que encarar de uma forma ou de outra, não temos como te ajudar de forma incisiva, eu lamento muito por isso, mas vc pode fazer isso por vc mesma, denunciando essa criatura e impedindo que ele faça uma nova vitima.


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amiga 02
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No PF desde: 07/10/2010

pois eh freud

é muito triste, mas eu não denunciei por se tratar de meu próprio irmão, quando lembro vem um sentimento de medo, revolta e ódio


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Melliss@
No PF desde: 28/04/2011

Amiga que situação!

Veja vc, por mais que seja seu irmão, ele é um deliquente e não importa o grau do abuso, a tendência é ficar pior.

Falar é muito fácil, ainda mais longe do ocorrido, mas tenha força e nem por um momento pense que você é culpada de alguma coisa.

Meu pai sempre falou uma coisa muito certa, não adianta procurar coerência na mente doentia, tem que se cercar de cuidados, se precaver e pode apostar, meu pai viu muita coisa nessa vida.

Se precisar estou aqui.

Um grande abraço!


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amiga 02
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No PF desde: 07/10/2010

muito obrigada pelas palavras meliss@...


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Pequena Sereia
No PF desde: 23/11/2012

Realmente, só quem vive é que sabe. Eu também já passei por algo semelhante.


Um “amigo” da família frequentava a casa da minha avó, certo dia estava lá e este ser também estava, ele me chamou para buscar algo em sua casa para entregar a minha avó, acabei indo.


Lá chegando ele me levou para o quarto, me fez sentar na cama e trancou a porta, não entendi nada, pois era muito nova. Aí ele pegou uma revista de mulher e homem pelado, e começou a me mostrar, em seguida pediu que eu o tocasse.

Fiquei tão assustada que corri em direção a porta do quarto, graças a Deus ele deixou a chave lá, consegui sair e comecei a correr, corri demais, estava parecendo uma louca correndo pela rua. Quando cheguei à casa da minha avó não tive coragem de contar por medo de não acreditarem em mim, pois ele era muito amigo da família. Na verdade, ele já era amigo da família antes de eu nascer.


Fiquei desesperada e não podia contar para ninguém. O tempo passou e eu cresci, ele ainda frequentava a casa, e sempre vinha para cima de mim tentando me agarrar, como já entendia as coisas saia no braço com ele. Certa vez enfiei um garfo nele, pois ele tentou me agarrar na cozinha.


Essa situação se perdurou por muitos anos, graças a Deus não se consumou. Alguns anos depois ele morreu de cirrose.


Sofri e ainda sofro com isso, é muito triste. Percebo que ficou um bloqueio em mim devido a isso que acabou se refletindo em minha vida. Tenho fé que um dia vou superar, pois a vida segue.


Isso é mais comum do que as pessoas imaginam, por esta razão os pais precisam ficar atentos.


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Duas Metades
No PF desde: 12/12/2012

Qdo tinha 12 anos, fui durmir na casa de uma amiga, cujo os pais eram amigos dos meus pais.

Chegando lá, me deparei com cadeados na porta do quarto da minha amiga, perguntei e ela disse q era melhor assim... tudo bem, no outro dia, após o café , todos na mesa , a mãe dela e a minha amiga sairam para estender roupas, eu estava terminado o meu café e já ia me juntar a elas na parte de fora da casa... levantei e coloquei a xicara na pia, qdo senti o pai da minha amiga me segurar pelo braço e enfiar a boca dele na minha, e as mãos pelo meus seios, o q ele não esperava é q eu tivesse uma mãe(madrinha) q já havia me falado sobre isso e como me defender, mordi a lingua dele de arrancar pedaço, ele me deu um tapa no rosto e saiu sangrando...

Eu tremia e chorava, não conseguindo falar, sai correndo rua afora e só parei qdo cheguei em casa... minha mãe me vendo assustada daquele jeito veio logo e quis saber,não tive coragem de contar pra ela, disse q eu tinha ofendido a minha amiga e nós brigamos, desde aquele dia me senti suja e com medo de tudo e todos, não quis mais ser amiga dele e eles nunca mais nos visitaram... eu acho q a mãe dela sabia q ele era um monstro, contei para o meu irmão, uns dois anos dps, e ele foi atras desse homem e o surrou, num campo de futebol perto da nossa casa, qdo ele perguntou prq , meu irmão disse apenas vc sabe o prq... monstro asqueroso.Eu consegui escapar, mas e a minha amiga?


Sempre penso nela... nunca mais conversamos.


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Júpiter
No PF desde: 08/07/2010

Que coisa, basta alguém iniciar o assunto e jorram relatos de abusos, parece que poucas mulheres NÃO sofreram algum tipo de abuso na infância.

Torço para que, com o tempo, a cultura da DENÚNCIA seja assimilada pelo nosso povo.

Só assim esses psicopatas serão contidos.

S2 miguxas.


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carlita carlinha
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No PF desde: 03/12/2012

Quem não se lembra essa história chocante e sordida abaixo?????


Josef Fritzl, um engenheiro elétrico de 73 anos, manteve a filha, Elisabeth Fritzl, durante 24 anos presa em cativeiro na cidade de Amstetten, na Áustria. Além do seqüestro, o homem confessou ter engravidado a vítima sem que a sua própria mulher e os vizinhos desconfiassem. Elisabeth teve sete filhos. Três deles foram "adotados" por Fritzl, outros três ficaram presos com a mãe, e um sétimo morreu pouco depois do parto.


» Veja como era o cativeiro


O caso foi descoberto no dia 27 de abril, quando uma das filhas que estava presa adoeceu e teve de receber atendimento médico. Ao chegar ao hospital, Fritzl disse que tinha encontrado a garota inconsciente em frente a um edifício da cidade. A polícia, então, decidiu procurar a mãe da jovem para descobrir o que havia acontecido com a garota. Nesse momento veio à tona toda a verdade.

Prisão


Elisabeth foi presa em 1984. Na época, o pai teria forçado a filha, então com 18 anos, a escrever uma carta dizendo que tinha fugido e que não a procurassem mais. No entanto, ela estava no porão da casa, onde foi violentada repetidas vezes, dando origem a sete gestações. Apesar de todas as crianças terem nascido no porão, Fritzl deixou três na porta de sua própria casa, como se a mãe os tivesse abandonado ali.


Alexander, 12 anos, Monika, 14 anos e Lisa, 16 anos, cresceram como se nada tivesse acontecido. Outros três filhos permaneceram com a mãe: Kerstin, 19 anos, Stefan, 18 anos e Felix, 5 anos. A sétima criança morreu logo após o nascimento e teve o corpo incinerado por Fritzl. Enquanto tudo isso acontecia, o engenheiro era considerado amável e educado pelos vizinhos. Rosamarie, a mãe de Elisabeth, sempre disse que seu marido estava muito triste pelo desaparecimento da menina.

Liberdade


Em função da doença de Kerstin, 19 anos, Fritzl teria decidido libertar Elisabeth e dois dos filhos que viviam com ela, dizendo à sua mulher que a filha desaparecida havia voltado para casa. As investigações logo levaram a polícia à casa de Josef, onde o cativeiro foi descoberto. Lá, Kerstin e seus irmãos Stefan e Felix viveram com Elisabeth sem nunca ter visto a luz do sol.


Segundo a primeira declaração da vítima, seu pai começou a abusar dela quando tinha 11 anos de idade e aos 18 a deteve. Depois de ser libertado, o caçula dos três filhos presos no porão, que, como os irmãos, nunca havia visto a luz do dia, declarou à assistente social que estava feliz de poder "subir em um carro de verdade". Elisabeth e os filhos foram encaminhados a uma unidade psiquiátrica de uma clínica regional.

O cativeiro


O local em que Elisabeth e três de seus filhos foram mantidos presos foi construído sob uma casa da década de 1960, onde Josef vivia. O porão tinha cerca de 60 m², uma pequena cozinha, banheiro, televisão e espaço para dormir. O acesso era feito por uma porta de aço localizada atrás de estantes e que só podia ser aberta com uma senha eletrônica conhecida apenas por Fritzl.


Lá também foi encontrado um quarto com isolamento acústico, possivelmente para impedir que as vozes fossem ouvidas do lado de fora da casa. Segundo a polícia, Fritzl teria deixado claro para a mulher e para os outros filhos que era proibido tentar entrar no local. Ainda segundo as autoridades, todas as manhãs ele levava comida para os prisioneiros.