Eu lembro quando era mais nova falava-se muito em ensinar a pescar e não a dar o peixe. O que será que aconteceu com essa máxima tão simples e lógica?

Infelizmente é fácil de achar a resposta, isso não é eleitoreiro. Trocando em miúdos, colocar uma grande camada da população menos favorecida para trabalhar, estudar não elege com tanta rapidez e certeza quanto o paternalismo hipócrita dos nossos políticos.

O Eis falou bem, se um boato deu no que deu, imagina se realmente tirarem isso?

Vendo aquelas imagens na TV eu me dei conta do tamanho do desastre que temos na mão quando a política do governo mudar (e se Deus é brasileiro realmente, mudará. Tem que mudar). Nenhum governo conseguirá tirar essa vergonha sem muitas lutas e imensas dores de cabeça.

Como uma contribuinte que paga uma minúscula parte dessa aberração nacional quero que acabe o quanto antes, mas hoje sei que haverá quase uma guerra civil dos que aprenderam a ganhar sem esforço, sem trabalho.

Cada vez mais tenho receio para onde este país se encaminha. Uma geração de brasileiros que pensam que só pq se é pobre, isso tornou-se sinônimo de ganhar sem esforço, sem trabalhar e nem estudar. E a outra parte, que possui todas as oportunidades de estudar acredita que é o centro do mundo. Mimados e egocêntricos. Pq é assim que nossos adolescentes privilegiados estão sendo educados. É assim que se comportam e pensam, na sua grande maioria.

Pobre futuro deste país. Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.

Discorrendo um pouco sobre números e não tanto em relação ao méritos ou deméritos do programa, é justo salientar que esses mais de quatrocentos bilhões propagados não são correspondentes ao bolsa família, pois para atender 13,5 milhões de famílias na linha da pobreza, o dito cujo teve um custo de R$ 20 bilhões em 2012 — o correspondente a 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para este ano.

Ou seja, não é a questão de rios jorrando mel sobre comportas de ouro no Nordeste ao custo de quatrocentos bilhões, o programa foi elaborado por economistas e sociólogos, e malgrado ser um fator nocivo para o desenvolvimento pessoal de muita gente, ainda têm os seus aspectos positivos inerentes ao desenvolvimento econômico local e para alimentar crianças que - em casos extremos - não teriam nada além de cactus (não lembro a expressão regional) seco para botar na sopa.