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Honestidade virou artigo raro?
Empresário doa R$ 1,5 mil para jovem que devolveu carteira à senhora
Na última segunda-feira, a honestidade de Lucas comoveu a comunidade onde vive
http://tw.gs/R7RfBy
Como escrevi antes, eu sou a favor que mais ações desse tipo sejam divulgadas.
Pq não? Qual o problema que as pessoas tem de acharem que coisas boas, boas ações não precisam de divulgação? Nossa, seria tão bom abrir um jornal, ver uma TV e deparar-se com um monte de notícias que alegrariam o dia.
Quem não se sente estimulado com pessoas bondosas, honestas, dignas? Quem ao ler um caso desses não repensa em segundos as suas próprias ações?
Por mim todo jornal desse país deveria ser obrigado a ter pelo menos 1/4 de uma página noticiando alguma coisa dessa natureza. Tenho certeza que o inconsciente coletivo melhoria e muito as suas ações. Não são só as crianças que aprendem pelo exemplo.
Acho que hoje acordei meio Pollyana. :)
"Por mim todo jornal desse país deveria ser obrigado a ter pelo menos 1/4 de uma página noticiando alguma coisa dessa natureza. Tenho certeza que o inconsciente coletivo melhoria e muito as suas ações."
Sinceramente, eu acho que um dia a gente chega lá. E não é ser Pollyana (embora eu tenha uma tendência danada a isso, rs), é realmente acreditar na constante evolução do ser humano e do planeta.
Sim, mas essa questão de "pequenos" delitos, como o NÃO a pirataria de cds e dvds também deve ser incentivada, conversada nas escolas, assim como uma grande campanha.
na minha opininhãum, nãum tenho opininhãum sobre o assuinto
minha opininhãum né
Eu acho bacana quando noticiam essas coisas. O lado ruim é que, por ser notícia, parece ser algo raro. Mas enfim, quanto mais divulgarem, mais as pessoas são estimuladas a fazer o certo (quem sabe).
Não sei se isso é exclusivo do Brasil. Aqui, honestidades como essa que foi noticiada são vistas como "coisa de trouxa" (infelizmente). E são essas mesmas pessoas que reclamam dos políticos corruptos, mas, se estivessem no lugar deles, com certeza fariam o mesmo. Essa cultura da malandragem é vergonhosa...
onti me robaraum uma vaga no estaicionamento
axei mei desonesto ne'
minha opininhãum
:(
mesmo que a atitude dele tenha sido a correta apesar de todo histórico familiar e pouca idade... acho ótimo noticiarem e valorizarem COISAS BOAS....
quais os exemplos que as crianças vêem todos os dias na mídia? que só se dá bem quem segue a Lei de Gerson e passa pra trás os babacas trabalhadores e honestos? nem vou falar nada das novelas porque não vejo há muito tempo, mas com certeza deve ter um monte de péssimos exemplos ....
Em uma turma de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Ana Íris do Amaral, no bairro Protásio Alves, na Capital, a professora pergunta:
— Se encontramos algo que não é nosso, o que fazemos?
— Devolveeeeeemos — respondem em coro os 19 alunos.
— E como se chama esse valor?
— Honestidadeeeeeee — gritam as crianças, com idades entre seis e sete anos.
Na tarde desta quarta-feira, eles tinham a resposta na ponta da língua. Minutos antes, haviam recebido a visita dos personagens de uma história que emocionou a comunidade na última segunda-feira. O estudante Lucas Eduardo dos Santos Rosa, 12 anos, virou um exemplo ao devolver a uma idosa uma carteira com R$ 1,5 mil, que ela havia perdido horas antes. Apesar de ter virado celebridade, o menino tímido encara a situação com simplicidade surpreendente:
— Eu fiz porque era o certo. Imaginei que ela iria precisar do dinheiro para pagar as contas, ir aos médicos.
Lucas tinha razão. Evanir Azambuja Vieira, 74 anos, havia saído na manhã de segunda-feira para pegar o dinheiro que seria usado para pagar as contas do mês. Viúva há sete anos e aposentada há mais de duas décadas, vive sozinha, com renda bem apertada para o seu custo de vida. Por isso, ao chegar em casa e se dar conta de que o bolso do casaco estava rasgado — e que, por ele, o sustento mensal tinha deslizado —, Evanir se desesperou:
— Fiquei louca. Sem dinheiro, sem carteira. Como ia pagar as contas? E comprar remédios? — relembra.
Sorte dela que, minutos depois, o desespero foi substituído pela alegria. Evanir recebeu uma ligação da escola onde Lucas estuda, comunicando que o dinheiro estava lá. Em boas mãos. Lucas encontrou a carteira ainda no início da manhã, quando ia a pé, com o irmão, Oseias, e um amigo, para a escola. No caminho, tropeçou em algo que parecia uma pedra.
— Estava duro, porque estava cheio de moedas — conta o menino.
Ao ver que se tratava de uma carteira, ele a pegou e começou a analisar. Logo encontrou um número de telefone, a identidade e o valor. Mostrou para o irmão e o amigo, e começaram a pensar o que fazer. Apesar da tentação em ficar com o dinheiro — Oseias sonha com um Playstation —, a primeira ideia foi entregar para a polícia, mas o irmão de Lucas logo descartou.
Família vive com renda inferior a dois salários
Lucas queria ligar para Evanir, mas estava sem celular. Então decidiu levar a carteira até a escola e mostrar para a professora. Ela logo encaminhou o pertence para a secretaria, que ligou para a dona. Quando Evanir encontrou o menino pronto para entregá-la, emocionou-se:
— Tão pequeno e com toda essa honestidade. É muito bonito. Às vezes, pessoas da nossa própria família não devolvem o dinheiro.
Lucas, mais contido, conta que foi "legal" devolver o pertence.
— Ela ficou muito feliz, chorou de emoção. Fiquei muito emocionado também, mas não chorei. Não sou mais chorão — conta Lucas, com os olhos marejados.
O gesto chamou a atenção dos professores e da direção da escola, onde estudam alunos oriundos de famílias com dificuldades financeiras. Lucas e Oseias moram apenas com o pai Eneas, 37 anos, que trabalha com obras. Há sete anos, a mãe foi embora. No ano passado, a casa onde moravam, toda de madeira, foi consumida por cupins. Tiveram de construir uma nova com as próprias mãos. Durante esse período, Eneas não trabalhou. Desde então, vivem com renda mensal inferior a dois salários mínimos.
— É bem apertado, mas a gente consegue se virar. E são situações como essa que mostram que vale a pena — conta o pai
Desde segunda-feira, Lucas e Oseias têm passado pelas salas de aula da escola para contar a história aos demais alunos e ensiná-los, na prática, que boas ações podem ser feitas por qualquer um. Na tarde de ontem, os meninos foram ao colégio fora do horário de aula para, com Dona Evanir, passar em algumas turmas e mostrar a importância de um gesto como esse. Enquanto contavam a história, o pai os aguardava para o jantar e conversava por telefone com Zero Hora:
— Não ganhei nada no domingo, mas o que houve segunda foi o melhor presente de Dia dos Pais que poderia receber.
ZERO HORA
http://tw.gs/R7RfAy
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interessante que eles preferiram entregar a carteira para professoras do que para a polícia....