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O ponto levantado por você é muito importante!

Eu observei que existe diferença na formação (além da específica) entre os profissionais ginecologista e urologista.

Vou relatar a minha experiência. Quando minha filha entrou na puberdade, eu a encaminhei para uma ginecologista conhecida que ficou sendo a sua referência para o esclarecimento de dúvidas quanto a saúde e a sexualidade responsável.

Quando tentei encaminhar meu filho para um urologista, pedi uma indicação a vários profissionais, explicando que desejava alguém que desse orientação e esclarecesse as dúvidas que ele porventura tivesse. Não consegui a indicação e então meu marido o acompanhou numa consulta com um dos urologistas disponíveis pelo convênio e explicou ao profissional que julgava importante que o menino tivesse um referencial médico que pudesse orientá-lo em relação a sexualidade. O profissional demonstrou não ter nenhuma preparação para orientar um adolescente: limitou-se a solicitar um espermograma! A experiência foi tão desanimadora que meu filho nunca mais voltou lá.

Talvez repouse em situações similares, as diferenças que vão persistir entre homens e mulheres em relação aos cuidados com a sua saúde: enquanto as mulheres tendem a fazer acompanhamento ginecológico regular, os homens em sua maioria só vão procurar um profissional quando ocorre um problema.

Enquanto a maioria das mulheres fazem check-up anual solicitado pela ginecologista, os homens, muitas vezes, vão descobrir problemas preveníveis de saúde, quando já estão na meia-idade.

Talvez seja por isso que temos a seguinte realidade: as mulheres utilizam mais os sistemas de saúde, mas são os homens que apresentam problemas mais sérios e, consequentemente vivem menos do que elas.

Talvez os andrologistas estejam mais preparados que os urologistas para esse papel tão importante de orientação aos meninos e jovens quanto a sua sexualidade!