O backlash silencioso

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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Agradeço o apoio, Carla!


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Apoiado, Asutra!


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Aprendiz42
No PF desde: 26/02/2011

Ai meu saco no além!

( expressão popular que define a paciência no limite ou prestes a ser ultrapassado )


O cidadão entra no tópico na 8ª página, e sob o pretexto de “evitar a propagação de “desinformação” contra o governo Lula, que ( coitadinho!) apesar de ter a seu dispor a A.G.U - Advocacia Geral da União, e 10,5 Bilhões de Reais gastos com a propaganda de suas “realizações”, ainda precisa deste tipo de intervenção, um exercício de “cidadania” , para se defender de maledicências em e-mails apócrifos circulando em correntes na Internet.

Sob o pretexto, propaga então mais Desinformação, julgando a todos ( neste caso só eu ?), inaptos a contrapor a sua alucinada intervenção.

Viajamos então pelo texto do cidadão e suas comparações, partindo das condições precárias dos CRIMINOSOS-CONDENADOS-APENADOS ( passaram por um julgamento justo ou não? ) nas prisões brasileiras, aos Gulags ( já mencionado) e vamos agora desembocar nos Campos-de-Extermínio nazistas de Auschwitz e Treblinka na Polônia invadida . E´ isso mesmo ou perdi alguma coisa ?

Caros, de novo a título de Informação, a comparação é totalmente absurda.

Para que tenham idéia, o piloto de um caça-bombardeio aliado, que tivesse despejado 01 tonelada de bombas sobre as cabeças de civis em cidades alemãs, uma vez abatido e capturado, tinha por destino um campo de prisioneiros e como prisioneiro de guerra era tratado, sob as regras do Acordo de Prisioneiros de Genebra.

Bem diferente da situação dos condenados a extermínio em câmaras- de-gás (ou disponibilizados para experiências médicas/genéticas do dr Mengele), que o foram tão somente por serem JUDEUS !


Solicito que não distorça minhas palavras em comparações deste nível.


Sobre os criminosos-condenados e apenados brasileiros ( coitadinhos ) :

Dispôem de 03 refeições diárias ?

Tem visita íntima ?

Tem banho-de-sol garantido ?

Tem visita de advogados (sem revistas), garantindo seu direito a defesa ?

Tem por determinação na pena , trabalhos forçados ?


Não, não são Spa´s.

Mas estão bem longe dos paredóns da Revolución, e muito mais longe dos Gulags, Auschwitz, e até das execuções públicas da China Socialista-Comunista.


Respondendo então as indagações sobre o que tenho feito além de “choramingar pelo fórum”:

- Tenho orgulho de ter a minha, entre as quase 2 milhões de assinaturas, que figuraram no Projeto de Lei da Ficha-Limpa.

Infelizmente a aplicação da mesma, nas Eleições de 2010, foi rejeitada no plenário do STF, como é de conhecimento da maioria, por 6 votos contra- 5 a favor, sendo que, dos atuais 11 ministros no Supremo Tribunal Federal, nada menos que 07 foram os indicados pelo Presidente Lula.

- Meu candidato eleito deputado federal, foi o sr José Eduardo Martins Cardoso ( voto por São Paulo), atual Ministro da Justiça.

Mantenho a fé que meu voto não tenha sido em vão.


Sr Júpiter, a minha dedução - idiota, concordo - de que Vsa poderia vir a ser um “conceituado” forista é explicável pelo seu \"humilde\" nick-name/avatar , de divindade máxima na Mitologia Romana e Maior Planeta do Sistema Solar.

Peço sinceras desculpas pelo meu equívoco.


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Oops, me enganei. Achei que aqui tratava-se da resistência e oposição às conquistas femininas/feministas, mas vejo que o assunto é outro.


My bad.


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

POis é, Carla.


Respeito é tudo na vida...


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Quote:
Acredito que estejamos resgatando a importância da maternagem porque estamos descobrindo a importância da paternagem.

Está mais na moda ser pai do que ser mãe.


Engraçado, pois para mim não se resgata aquilo que jamais se perdeu... Na medida em que a maternidade jamais foi perdida, pois as pessoas jamais deixaram de ter filhos (por diversos motivos que vão desde a importancia simbólica e social da família a partir do século XVIII), a maternagem jamais deixou de ser exercida.

Quanto a \"importancia da paternagem\" isso só ocorreu por uma série de mudanças sociais, históricas e políticas, como (SIM, VOU TOCAR NESTA TECLA!) a conquista dos direitos femininos, e claro, a emergência de um conceito de infância novo, devido ao reconhecimento das crianças e adolescentes como sujeitos sociais e de direito_ processo este que está inteiramente ligado ao primeiro. Ou seja, na medida em que as mulheres foramc onquistando seus direitos, entra em cena o reconhecimento da figura paterna na criação de filhos, bem como sua responsabilização neste processo (através do estabelecimento jurídico de seus \"deveres enquanto pai\").


Quote:
Porque as crianças são hoje seres reconhecidamente bons, e não tiranos.

Porque as fases do desenvolvimento infantil são recheadas de novidades todos os dias. O que antigamente era birra, hoje é visto como protesto em uma língua que os adultos desconhecem.

Porque a pediatria é um ramo da medicina em franca mudança.

Porque as crianças precisam ser compreendidas e não treinadas.

Porque a criança hoje tem direito a crescer em um ambiente sadio, confortável e hábil a desenvolvê-la.


Eu não acho que as crianças sejam \"reconhecidamente bons\", como se fossem portadores de uma essência inata. Acho que é a sociedade e a família quem molda, por isso, dizer que \"crianças precisam ser compreendidas e não treinadas.\", me soa um tanto assustador no sentido de que esse tipo de discurso é que produz pequenos tiranos. Não que não devamos compreender as crianças. Mas sim, enquanto animais culturais que somos, desde o nascimento, precisamos de freios, assim como de afeto.


Quote:
Não culpo a misoginia pelo resgate da maternidade, e sim responsabilizo a evolução da humanidade pelo respeito à infância.


Pois então, comece agradecendo ao sr Rousseau...E como já coloquei, o que jamais foi perdido não pode ser resgatado. Só não acho que as mulheres quererem exercer seus direitos civis, sociais e políticos (como trabalhar) os homens a tornem menos maes.


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Aprendiz42
No PF desde: 26/02/2011

Belle,

Sinceras desculpas pelo desvio do assunto,

Tentarei retomar :


“O caso do pai que esquece a filha no carro ( e esqueceu mesmo, pois em sã consciência ninguem esquece de filho em lugar nenhum, apesar do sucesso do filme ), só faz reforçar a tese do psicólogo misógino (conforme algumas) de que OS PAIS estão cada vez mais cedo relegando seus filhos, em creches, escolas , shopping´s.”


Algumas situações são difíceis de analisar sem que vinculemos o fato em si, com as nossas próprias experiências.

O caso citado como aconteceu ( ou como foi noticiado ) :

A mãe e o pai da criança “trocaram” a função de deixar a criança na creche, ato este que culminou na tragédia.

O que eu quis que percebessem, em nosso cotidiano, as atenções e rotinas hoje, estão tão centradas em outras atribuições - notadamente as profissionais - que os filhos estão sendo relegados a 2º plano.

Pais e mães , estão com as suas atenções e preocupações tão focadas, em conquistas profissionais e materiais, que esquecem o que/quem, a meu ver , deveria estar em 1º lugar, a família.

É leviano afirmar e atribuir a culpa só a mãe, ou só ao pai.

Na minha visão, os homens atuais, na sua grande maioria não foram educados, portanto não têm preparo e/ou motivação para assumirem a sua parte, nas tarefas antes sob responsabilidade inteira das mulheres do tipo “p.domésticas”.

A migração da mulher de casa para o mercado de trabalho ainda não foi totalmente assimilada pelo homem, o que ocasiona uma série de conflitos, desde a educação dos filhos até divisão de tarefas domésticas.

Ainda a destacar, os preconceitos das visões machista/feminista que fomenta a competição dentro do casamento...e até fora dele.


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Quote:
Na minha visão, os homens atuais, na sua grande maioria não foram educados, portanto não têm preparo e/ou motivação para assumirem a sua parte, nas tarefas antes sob responsabilidade inteira das mulheres do tipo “p.domésticas”.


Posso até concordar que isso seja um processo ainda. Sobretudo entre o povo latino, mais machista e menos refinado culturalmente que a média dos europeus...Mas vc realmente acha que as coisas devem permanecer como estão? Que para sempre a divisão do trabalho na sociedade é essa: mulheres reprodutoras/homens provedores?

Vc fala como se nós tivéssemos uma espécie de \"culpa\" por ter abandonado a prole. E para mim isso é demais! Ok, houve todo um processo de conquista dos direitos femininos, sobretudo pela opressão em que a mulher vivia. Mas por outro lado, a vida moderna exigiu tbm que isso ocorresse. Por uma série de circunstâncias sociologicas, é impensável para uma grande maioria de pessoas no planeta todo somente um dos conjuges sustentar uma casa e uma família. Não só pelas conquistas materiais, mas pelo significado que o trabalho foi adquirindo em nossa sociedade durante a emergência do capitalismo. \"O trabalho dignifica\", essa é a maxima. Diferente das mulheres de uma ou duas gerações anteriores, hoje nascemos e somos criadas para constituir família, mas primeiro para \"ser alguém na vida\" (não é assim que se diz?): estudar, ter uma profissão, ser alguém de sucesso. Demandas do capitalismo e da vida moderna. Não culpe o feminismo por tudo. Ele foi uma consequencia disso, não o grande vilão.


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Aprendiz42
No PF desde: 26/02/2011

Belle,

o que estou dizendo é que nas civilizações/culturas mais antigas são exatamente onde as mulheres são mais discriminadas.

O processo das conquistas FEMININAS ainda é relativamente novo ( 40 anos ? ) para ser totalmente absorvido e assimilado ante culturas e comportamentos com milhares de anos. Os traumas desta mudança brusca ainda estão por ser entendidos mesmo na nossa sociedade pseudamente \"mais moderna\".


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Finalmente concordamos em algo, Aprendiz...Mas não é por ser um processo muito recente que isso ainda não esteja \"em processo\" até talvez chegarmos a um consenso. Nem por isso tbm que as mulheres devam ser responsabilizadas, como eu vejo muito por aqui. As mudanças estão em curso para ambos os sexos.