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Mito do instinto materno gera culpa em mulher que não quer ter filhos
qua, 08/05/2013 - 11:31
Não sei se já foi postado aqui, mas sempre é bom trazer a baila esse tipo de assunto:
Dia das Mães
Mito do instinto materno gera culpa em mulher que não quer ter filhos
Quando a gente se depara com uma menina de três ou quatro anos brincando com uma boneca, daquelas que lembram um bebê, não titubeia em pensar na existência de um instinto materno. Mas será mesmo que toda mulher já nasce preparada para se dedicar a um filho?
UOL Comportamento fez essa pergunta a três especialistas de diferentes áreas: uma antropóloga, uma psicóloga e um fisiologista. A argumentação de cada um deles é diversa, mas acaba chegando sempre à mesma conclusão: o instinto materno não existe.
A antropóloga Mirian Goldenberg diz que falar de instinto aprisiona as mulheres ao papel de mãe. "Elas também podem ser outras coisas", diz ela, que é professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Resultado parcial
Essa ideia, construída culturalmente, vem sendo demolida pelas transformações ocorridas no país nos últimos anos. "Cresceu o número de mulheres que não têm filho ou adiam a gravidez. Isso mostra que o instinto materno não existe", afirma a antropóloga.
Pressão interna e externa
De acordo com Mirian, as brasileiras começam a derrubar o mito de que só serão felizes se constituírem uma família. Mas há muita estrada pela frente. "Esses valores ainda estão muito introjetados nelas. As mulheres sofrem pressão interna e externa para terem filhos. Ainda não é uma escolha legítima".
As próprias mulheres questionam umas às outras: você não vai passar por uma experiência tão determinante? Até o mercado estimula a crença no instinto materno para aquecer as vendas em efemérides como o Dia das Mães. As que não desempenham esse papel se sentem deslocadas diante da enxurrada de propagandas para a segunda data mais importante do ano para o comércio.
"Imagine se isso aconteceria na Alemanha?", pergunta Mirian, usando como o exemplo o país que incentiva os casais a terem filhos, devido à baixa taxa de natalidade.
Comportamento adquirido, não instintivo
De acordo com a psicóloga Maria Luísa Castro Valente, da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), em Assis (SP), a maternidade, como outros comportamentos, é socialmente adquirida.
"A idade reprodutiva está se tornando mais tardia devido à inserção econômica feminina", diz Maria Luísa. "Vivemos em uma cultura na qual muitas mulheres têm contato com um recém-nascido pela primeira vez quando têm seu próprio filho".
Do ponto de vista biológico, o conceito de instinto materno também não encontra eco. "Essa ideia se baseia na existência de um conjunto de comportamentos inatos, que estariam prontos para serem desencadeados pelo estímulo, o recém-nascido", explica Aldo B. Lucion, que é professor de fisiologia do sistema nervoso na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Segundo Lucion, nessa concepção haveria um período específico para que o elo afetivo se efetivasse, ou seja, até alguns dias depois do parto. Depois desse intervalo, nada feito.
"As premissas do instinto materno não foram comprovadas. Esse conceito de padrões comportamentais fixos pode gerar muita ansiedade na mulher, especialmente com seu primeiro filho", explica o professor. "É muito comum a mãe ficar preocupada se está fazendo certo, como se houvesse um conjunto de condutas pré-estabelecido".
Influências ambientais
Em vários animais, inclusive no ser humano, a maneira de agir das mamães é flexível e extraordinariamente adaptada ao ambiente. Dessa forma, o instinto materno como um padrão pode levar à negligência na construção de um modo de interagir com o bebê.
"Essa interação com o filho é mais dinâmica do que outras relações afetuosas", afirma Lucion. Isso porque ele se desenvolve e se transforma rapidamente com o crescimento, requerendo que o vínculo seja naturalmente ajustável.
"O comportamento materno é biologicamente essencial e foi um passo evolutivo decisivo", explica o professor. Ter uma prole em pequeno número, que recebe alto investimento, diferencia os mamíferos de outras espécies, que contam com uma grande quantidade de descendentes sem nenhum contato mais próximo com os genitores.
qua, 08/05/2013 - 19:07
#2
Sei lá... eu fui mãe aos 35 so nao esperei mais, pq tinha sim alguns riscos a partir desta idade (riscos fisicos.)... mas nunca tive "culpa" adorei aguardar ate 35... enfim... sei lá.
qua, 08/05/2013 - 19:19
#3
Quote:
"O comportamento materno é biologicamente essencial e foi um passo evolutivo decisivo", explica o professor. Ter uma prole em pequeno número, que recebe alto investimento, diferencia os mamíferos de outras espécies, que contam com uma grande quantidade de descendentes sem nenhum contato mais próximo com os genitores.
Sem dúvida fruto da Evolução das Espécies...a raça humana mostra sua superioridade é nessa hora...onde a fêmea humana é muito superior à fêmea dos animais....
qua, 08/05/2013 - 19:51
#4
Atualmente muitas mulheres afirmam que não querem ter filhos. Casar para que então? Fique eternamente namorando. Na minha opinião, isso é ir contra a natureza sim... Amigas que tiveram filhos disseram que sabiam o que fazer apos o nascimento por instinto . A mulher carrega isso.
Na minha situação, estudei muito até os quase 30. Agora estou finalizando um MBA. Mas se for casar é para ter filhos sim.. mas como priorizei carreira e ser independente e comecei a namorar bem tarde, penso em 2 entre os 35 e 37 anos.
qui, 09/05/2013 - 08:10
#5
Acho que com dados científicos cai por terra, então, a máxima que é inerente a mulher ser mãe.
Não é a toa que tem tanta mãe desnaturada no mundo. A ciência explica.
qui, 09/05/2013 - 11:07
#6
Na minha opinião a decisão de ser mãe ou se não quer ser mãe vai de cada um..
Existe sim mulheres que priorizam primeiro, suas carreiras sua independência em todos os aspectos , e quer saber não acho errado isso..
Ser mãe, ou melhor gerar um filho hoje tem que ser muito bem pensando.
Ser mãe é se doar cem por cento aquele filho, é ter uma boa estabilidade financeira e emocional..
No mundo moderno em que vivemos hoje, muitas mulheres adiam a maternidade para mas tarde , por que se sentem bem mas preparadas, como algumas mulheres com seus maridos decidem não ter filhos.
Eu antes quando via, em televisão ou escutava alguma mulher falando que não quer ser mãe pensava - Vai viver a vida sozinha amargurada.
Mas , mudei totalmente a forma de pensar e de julgar. A escolha e a convecção que faz toda a diferença.
Ninguém é obrigado a fazer algo, só por que a sociedade acha que deves fazer.
Nós temos nosso livre arbítrio , e cada um sabe as escolhas que faz em sua vida..
qui, 09/05/2013 - 18:37
#7
Na vida animal dizemos que uma fêmea que abandona a cria, que mata propositadamente seus filhotes é pq não possui INSTINTO MATERNO.
Isso prova que não é por ser fêmea que ela está apta para ser mãe. Uma coisa é ser capaz de fazê-lo pela sua anatomia, outra é estar apta.
As fêmeas irracionais já tinham provado essa teoria há muito, muito tempo.
Vou falar por mim, amo crianças mas não sei se iria querer ser mãe. É uma responsabilidade que nunca me senti preparada de fato.
Coincidentemente no sábado a noite estávamos eu e a Ana em uma fila do supermercado e tinha umas 3 adolescentes na nossa frente. Mal educadas, gritonas, furaram a fila na maior cara de [***]. E tudo isso na frente dos pais de uma delas!! Na boa, não tenho paciência. Jamais aturaria um adolescente nesse estilo. Ou apanhava até endireitar ou uma de nós iria parar no presídio e a outra no cemitério...hahahahaa
Brincadeiras à parte, acho que ser mãe ou pai é para quem quer e tem certeza do que está fazendo.
Casar e ter filhos não é venda casada. Uma coisa é querer dividir a sua vida com alguém que vc ama, outra é querer ser responsável por um outro ser vivo por muito anos.. São expectativas sem relação alguma.
qui, 09/05/2013 - 21:50
#8
Assunto delicado.
Eu senti vontade de ter filho aos 10 anos, eu sonhava com isso.
Sou mãezona, sou dedicada, mas é algo muito espontâneo em mim.
Como cada mulher é única, acredito sim que há aquelas que não tem a minima vontade de ter filho e acho que elas precisam ser respeitadas.
sex, 10/05/2013 - 09:37
#9
Por isso q eu nunca pergunto a um casal sobre filhos. E odeio qnd me perguntam qnd vou ter filhos.
Eu quero ter, claro.
Mas poderia não querer e ai?
Acho uma coisa atrasada essa "obrigação" q um casal tem de prestar contas sobre ter filhos.
seg, 13/05/2013 - 13:09
#10
ahhhh o instinto materno.... como é lindo.... a mulher tem o filho e se torna um SER especial automaticamente.... amando a criança até o seu último suspiro....
reparem que lindo exemplo de mãe educando o rebento para ser uma pessoa boa e que respeita os animais... SÓ QUE NÃO!
aqui video completo onde se ouve os ótimos conselhos da mami: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=sdGpIMj2oWg
aliás se for me basear por alguns comentários daqui em outros tópicos , esta mulher sabe mais sobre como educar um filho do que eu... afinal eu nunca pari.... e parir um filho emite um diploma de ótima mãe na cabeça de alguns... afinal é o INSTINTO MATERNO!
aff
matéria sobre o caso:
http://tw.gs/PZS2cW
Gostei do texto...