Ana, De coração. Na sociedade atual, onde muitos não sabem a que vieram ao mundo, sem personalidade, e perdidos num emaranhado social e pessoal de dar dó, me sinto até elogiado em ser chamado de machista.

Um neomachista digamos assim... adaptado as necessidades das mulheres, mas sem perder a ternura ( ou a grossura, vá saber).

Todos sabem que eu moro em um paraíso terrestre chamado Alpes (leia-se Serra Gaúcha), e uma das características desse local é a disposição da mulher em "puxar" junto com o homem.

Todos meus conhecidos, amigos e afins são casados com mulheres que trabalham, estudam e são independentes se assim fosse preciso (no quesito desvinculação financeira com o marido).

Talvez seja algo oriundo dos tempos da roça, onde as muléres iam junto na lida, puxando o cestinho com o filho dentro, ou ministrando aos filhos mais velhos (sempre a prole numerosa), a responsabilidade de ajudar e cuidar dos mais novos...

Tanto que o lado patriarcal do homem sentado na ponta da mesa (síntese do status sem considerar outros aspectos) tinha como em contraponto (nunca excludente na verdade), a matriarca dona e rainha do lar, especificando tudo que seria utilizado e consumido no lar familiar. Como não existiam "trabalhos fora" naqueles duros tempos, a mulher já exercia a sua independência de opinião, sendo senhora da maioria das decisões dentro de casa.

Ou seja, a mulher que estuda e é independente de hoje em dia, não foi criada do nada ou surgiu como um fenômeno ao estilo bigbang (rápida eclosão), ela teve uma longa e dura gestação dentro do lar, quando as oportunidades eram menores mas as responsabilidades era diametralmente opostas.

Ao menos nos Alpes, cada homí saberá encontrar dentro da sua nova, independente e segura companheira, reminiscências de uma história de trabalho, companheirismo e - por quê não? - independência!

Sabe, Gulherme, interessante esse seu post.

Penso que é isso mesmo que a mulher fez: acumulou funções. Sim, pois além de cuidar do lar e dos filhos, foi estudar, trabalhar e ajudar no sustento da casa. Por isso, eu disse que tento me virar nos 30 para dar conta de tudo, pois não é fácil! Há quem diga: teve filho pq quis, trabalha pq quer, então não reclame... Mas não é bem assim...

Muito natural que uma mulher queira fazer de tudo que a vida lhe dá direito: estudar, namorar, viajar, trabalhar, casar, ter filhos, etc. Mas acabamos ficando sobrecarregadas, sim, isso é fato.

O exemplo da mulher que ia para roça levando o filho no cesto é muito ilustrativo. Ela fazia isso e depois chegava em casa, fazia a comida, cuidava da limpeza e tudo mais. Pq o homem não carregava o filho no cesto e cuidava dele? Ou então, pq não ajudava nas tarefas de casa?

Esse acúmulo de funções por parte da mulher só foi acentuado ao longo do tempo. Para melhorar esse cenário, é imprescindível que os homens passem a participar mais das tarefas antes ditas femininas. Para equilibrar as coisas. Pois as mulheres dificilmente irão abrir mão de trabalhar ou ter filhos, por exemplo, apenas pq ficam sobrecarregadas! Mas essas mulheres precisam da ajuda e dos cuidados do marido para exercerem melhor o seu papel.

Minha opinião.

Exato!

É essa parceria que falta! A maioria dos homens acha normal que a mulher trabalhe fora, cuide dos filhos e dos afazeres da casa, sem precisar da ajuda dele para nada. Mas isso é um absurdo, pois não somos super heroínas...

E digo mais: mesmo nas casas onde há empregada doméstica, a mulher segue sendo a responsável por estar tudo certo, ter comida na mesa no horário que for, manter a cozinha limpa, ir ao supermercado,etc. Dificilmente as empregadas dormem no emprego, então a mulher chega em casa ( do trabalho!) e a empregada está indo embora! Cabe à ela providenciar o jantar, arrumar a cozinha, e isso também nos finais de semana, pois a vida continua!

Por isso eu digo: para levar a vida que eu e muitas mulheres levam, não posso me considerar independente, não! Eu preciso de muita ajuda!