O site Preciso Falar esta inativo para login e novas contas. Agradecemos a compreensão.
Amor armado - O que falta nos homens que os leva a matar as companheiras?
ter, 18/03/2014 - 13:52
#2
Entendi, Fiorella. Respeito, apesar de não concordar.
ter, 18/03/2014 - 19:55
#3
Quote:
O que está em questão é o MOTIVO pelo qual elas são assassinadas, que são claramente causados pelo machismo.
Fiorella,
Minha opinião é que um HOMICÍDIO é a subtração de uma VIDA - o bem mais valioso que um INDIVÍDUO pode ter.
Se não há políticas nem ações do Estado para valorização da VIDA, nem PUNIÇÕES EXEMPLARES a quem pratica atentados contra o bem mais precioso de um INDIVÍDUO (muito pelo contrário, o direito dos bandidos vêm sempre em primeiro lugar) quaisquer bandeiras reivindicando "justiça" apenas a um segmento, no caso Mulheres, é sim reivindicar "privilégios".
O problema existe.
É social, é cultural, é o escambau mas..querer que se olhe, se atente e se combata apenas uma parte dele ?? é a perfeita IDIOTIZAÇÃO da Sociedade.
Pra mim, um Assassinato é um Assassinato, tem que ser julgado e PUNIDO como tal, independentemente da condição sexual, étnica ou social da vítima. Ou do algoz.
E não há nada que "motive" mais um criminoso do que a quase certeza de IMPUNIDADE.
qua, 19/03/2014 - 01:27
#4
Eu tenho que admitir que a postura do Besta Mor é louvável. Não se importa em falar as maiores besteiras, usar argumentos patéticos... Ele defende seu ponto de vista mesmo que o argumento seja absurdo! Eu fico emocionada, defender uma causa é isso! Meus parabéns!
E olha que eu estou começando a concordar com ele. Essas mulheres querendo o privilégio de uma lei que puna a violência contra elas, onde já se viu!
Bestinha, uma curiosidade: se você não for um cara que bate na esposa, o que a delegacia da mulher te prejudica na vida? Eu não vou perder meu precioso tempo falando o óbvio, até porque algumas esperançosas colegas foristas já fizeram muito bem aí em cima, mas de nada vai resolver. Dessa fase eu já passei faz tempo. Tu nunca vai entender, opa, admitir (apesar de se esforçar para parecer, burro tu não é) que existe crimes de ódio. Mas, falando em um universo paralelo, que é aquele lugar que tu vive onde não é óbvio que se um cara é morto por ser gay, uma lei que criminalize homofobia é essencial, digamos que realmente isso seja um privilégio (até me ruboriza a face escrever uma coisa dessas), porque tu se sente tão prejudicado, levando em conta que tu não é o criminoso?
qua, 19/03/2014 - 11:49
#5
Santista gosta do Santos,
Flamenguista gosta do Flamengo,
Machista...
qua, 19/03/2014 - 12:19
#6
Quote:
É social, é cultural, é o escambau mas..querer que se olhe, se atente e se combata apenas uma parte dele ?? é a perfeita IDIOTIZAÇÃO da Sociedade.
Besta, você nem leu direito meus argumentos, né? Eu não disse em momento algum que um mereça mais atenção que o outro. Não coloque palavras na minha boca, ok? Você fica tão afoito em defender suas opiniões que sequer se preocupa em distorcer as coisas.
E bem, de resto a Kátia Aquiles definiu muito bem o que eu queria dizer para complementar. Enfim, é óbvio que devemos combater toda e qualquer forma de homicídio. Mas não dá para colocar tudo no mesmo saco. Crime de latrocínio não tem as mesmas causas do que um crime passional!
Suponhamos que surja um governo que se empenhe muito, muito mesmo em combater a violência urbana: faz leis mais rígidas, faz uma reforma no sistema carcerário, investe pesado em educação, condições de moradia, dá trabalho digno a todos... e opa, não teremos mais violência nas ruas. Quem nunca sonhou com isso aqui no Brasil? Seria realmente um sonho. E realmente, torço de coração que isso um dia aconteça, tanto que nunca deixei de questionar e tentar combater esses problemas.
Mas o governo nem se preocupa em combater, também, nem de fazer campanhas contra os crimes de machismo, homofobia, racismo... porque né, isso é privilégio de quem se faz de coitado. Não temos que nos preocupar em mudar a mentalidade das pessoas, nem de promover reflexão sobre esses assuntos, pois isso é frescura. Aí o Brasil vira um país seguro, sem violência, e "civilizado"!
qua, 19/03/2014 - 12:51
#7
Governo nenhum nunca fará o necessário, pois o necessário nunca é suficiente, a demanda muda de objetivo tão logo o anterior seja alcançada. é como o "futuro" que por definição nunca chega, esta sempre la na frente, é sempre amanhã.
A discussão util é o hoje, o agora. Louco, homicida, bandido, ladrao, invejoso sempre existira independente de raça, sexo, religião...
Em minha opinião é mais efetivo aprender como escolher melhor os companheiros e dar melhores opções as gerações futuras cultivando desde cedo o respeito próprio, ao próximo e as diferenças de cada um.
Os sinais estão sempre aí, vemos claramente quem não "presta", mas preferimos acreditar que vai melhorar... E não irá.
qua, 19/03/2014 - 21:10
#8
Sabe o que é, meninas ?
Quando ocorre um homicídio, o que enxergo é uma VIDA sendo extirpada, extinta, de maneira (pra mim) injustificada.
Pouco me importa se foi uma mulher estrangulada pelo ex-marido ou um homem retalhado pela esposa. Também não me importa se a vítima tinha pele negra, vermelha ou amarela; com quem ela se deitava, se tinha muito ou pouco dinheiro.
Quando alguém propõe leis diferentes para crimes contra um ‘gênero’, contra determinada ‘etnia’ e ainda outra que leva em conta a ‘sexualidade’ da vítima; o que enxergo é OMISSÃO, NEGLIGENCIA, INCOMPETÊNCIA em fazer valer as que já existem.
Quando vejo alguém exigindo ‘cotas’ para mulheres no Congresso, o que enxergo é DISCRIMINAÇÃO por gênero. Quando se determina ‘cotas’ para a etnia negra em universidades; o que enxergo é um real e bem explícito RACISMO.
Kátia.Aquiles:
Vou ignorar esse “mimimi e blábláblá” de ”Argumentum ad hominem” -dá uma googada e descobre se já não souber.
Fiquei “lisonjeado” com essa parte aqui: ”apesar de se esforçar para parecer, burro tu não é”
Fiorella:
(eu leio tudo, ta?)
“Mas, como mulher, não estou livre de levar cantadas grosseiras na rua” (Mas bá tchê, quanta modéstia nessa ‘prenda’...hahahaha)
Se o povo tivesse mais estudos, mais faculdade, mais Educação(!) as cantadas que receberias seriam bem mais sutis e elaboradas. Já vistes algum japonês ou alemão sendo ‘grosseiro’ ?? Duvido.
”...de ser encoxada em um ônibus”
Cáspeta, o problema da baixa qualidade dos transportes públicos nem percebe? Já ouviu falar de ‘encoxada’ em ônibus interestadual ? ou em avião ??
”de ser estuprada, seja na rua por um desconhecido”
Se houvesse uma política de punição exemplar - as leis já existem - com infratores condenados a penas rigorosas com trabalhos forçados (o ‘maníaco do parque’ além das refeições regulares tem até visita íntima, póoode ?) esse crime quase não existiria.
”... seja por estando bêbada por um conhecido”
Bem, aí você tocou num dado relevante. Quase 80% dos estupros são praticados em ambientes domésticos, por conhecidos da família ou da vítima. Pra esses casos sou favorável a castração, lobotomia ou o método que for, que garanta que o ‘verme’ nunca mais tenha uma relação.
Ainda assim, mantenho que o Mal da IMPUNIDADE é muito mais grave e mais significativo que qualquer prática de machismo’ aventado por aí...
qua, 19/03/2014 - 23:52
#9
Besta, se você realmente lê, tem sérios problemas de interpretação, pois distorceste várias vezes as minhas palavras.
Quote:
Se o povo tivesse mais estudos, mais faculdade, mais Educação(!) as cantadas que receberias seriam bem mais sutis e elaboradas. Já vistes algum japonês ou alemão sendo ‘grosseiro’ ?? Duvido.
Já levaste cantada na rua, por acaso? (Falou o Doutor em Estudos "Cantadísticos"!). Não, né? Pois bem, mulher quando leva cantada na rua não é só de pedreiro, não. Isso é ilusão. E, respondendo à tua pergunta, cantada não é uma exclusividade brasileira, e não está ligada a um diploma, mas a uma cultura, e da criação que se recebe em casa. Aliás, se queres um exemplo, dá uma olhada nesse documentário de uma belga que filmou os momentos que sofreu assédio nas ruas de Bruxelas; capital de um país civilzado, de gente educada e estudada. http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/em-bruxelas-cantadas-rua-render%C3%A3o-multa-13122...
Aliás, não sei o porquê da ironia. Quando falei que não estou livre de receber cantadas, não estou me vangloriando, nem sendo pouco modesta. Estou falando de algo do qual eu e a maioria das mulheres já estamos cheias.
Quote:
Cáspeta, o problema da baixa qualidade dos transportes públicos nem percebe? Já ouviu falar de ‘encoxada’ em ônibus interestadual ? ou em avião ??
PORCA MISERACCIA, cara! E tu acha que o problema da encoxada é exatamente o ônibus ou metrô cheio? Tipo, o cara começa a esfregar o órgão na mulher, mete a mão por baixo do vestido dela só porque o ônibus estava cheio? E tu acha que mau caratismo é causado pelo quê, por ônibus superlotado? Aliás, dá uma olhada nessa notícia: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,mais-dois-sao-presos-por-abuso-contra-mulheres-na-estacao...
A propósito, em uma coisa eu concordo: japonês realmente costuma ser mais educado, respeitar as mulheres. Mas isso faz o teu argumento entrar em contradição, pois no Japão também há metrôs superlotados, e lá não há encoxadas.
E outra, já que citase ônibus interestaduais: encoxadas (que é só mais um tipo de abuso) não acontecem, mas há muitos relatos de outros abusos em viagens noturnas. São homens que se aproveitam de mulheres que estão dormindo a seu lado para se masturbarem, e até tocá-las. Portanto, repito, o problema está na mentalidade, na educação machista que muitos homens recebem!
Quanto a seus comentários sobre estupro, acho louvável que existam penas mais rigorosas. E pode até ser que eles diminuam bastante, mas por medo de ser punido, e não por mudança de mentalidade. Os mais destemidos continuarão estuprando, por mais rígida que seja a punição.
qui, 20/03/2014 - 09:47
#10
Quote:
São homens que se aproveitam de mulheres que estão dormindo a seu lado para se masturbarem, e até tocá-las
Corrigindo, são alguns, poucos (na maioria das vezes os mesmos) débeis, que não tem o "freio moral" que os impede de fazer coisas assim.
É chato quando a afirmação começa a ter tom generalista.
É desagradável ser hostilizado ao entrar sem intenção num vagão feminino do metrô. Te tratam como se você fosse estupra-las. Só não atiram pedras porque nãos as tem.
Duvido que não tem abusos no vagão feminino. Se eu fosse uma lésbica com o mesmo problema do "freio moral" que alguns homens débeis tem, sem dúvida eu iria justamente nestes lugares. Iria me fartar, bolinar geral e ninguem poderia dizer nada. Afinal, tá cheio... é normal. Ou como dizem aqui no Rio; "Quer conforto, pega um taxi".
Só pra constar, um débil desse já tentou me bolinar enquanto eu dormia no onibus. Eles não tem critério. São loucos.
Fatos curiosos:
Eu não ficaria chateado se uma mulher se masturbasse ou quisesse me tocar enquanto eu to dormindo.
Eu NUNCA entraria num vagão só pra homens.
As vezes sinto a necessidade de uma lei "João de Ramos", como a Maria da Penha, pra proteger os homens. :D
Em nenhum momento falei de proporção. É só ler o que eu disse antes. Estou falando do que motiva os referidos casos de assassinato (que não são poucos... toda semana nos deparamos com casos novos, em todo o país), que são causados, sim, pelo machismo, necessidade de domínio sobre a parceira.
O problema é que esse "espaço enorme" está só no papel. Nós já conquistamos o direito de trabalhar, votar, estudar, escolher o que queremos da vida. Mas falta a sociedade levar tais leis a sério. Ou você acha que ainda não há diferença salarial entre os mesmos cargos? Ou discriminação na hora de contratar pela simples possibilidade da candidata ser mãe? Ou no caso citado pelo artigo, de homens não aceitarem a decisão pelo fim da relação e tentar resolver isso com a força?
As mulheres são respeitadas como deveriam nas ruas, quando são submetidas às mais variadas formas de violência e assédio? Pra quem recai a "culpa" quando um vídeo com cenas de sexo cai na rede?
É muito fácil falar que já conquistamos nosso espaço. Mas não estamos falando de leis, estamos falando de mentalidade. Tem muito caminho pela frente, em especial quando se trata de respeito!
Com certeza, não estamos livres de sofrermos com a violência. Como cidadã, não estou livre de ser assaltada, levar um tiro, ser atropelada por um bêbado. Nem eu nem você. Mas, como mulher, não estou livre de levar cantadas grosseiras na rua, de ser encoxada em um ônibus, de ser estuprada, seja na rua por um desconhecido, seja por estando bêbada por um conhecido.
As mulheres não querem privilégios. Querem ser ouvidas e respeitadas.