Concordo com o Júpiter. Consulte um profissional. Ele, melhor do que ninguém, pode lhe ajudar a ter chão novamente sob seus pés.

Minha ex-esposa tinha depressões. É triste ver alguém assim, e deve ser mais triste ainda passar por isso. Medicamentos foram receitados durante o tratamento, e aos poucos ela foi saindo do buraco em que encontrava.

Pessoal!!!!!!!!!!

Senti-me na obrigação de postar aqui para ressaltar o que foi dito pelo Júpiter. Acho que existe muito folclore e preconceito em relação a uso de medicamentos psicotrópicos, e isso pode realmente prejudicar quem precisa usar!

Depressão não é frescura, não é bobagem, não é apenas uma tristeza ou desânimo inocente e passageiro.

Depressão é uma doença.

Só quem pode determinar se a pessoa está apenas triste ou se está sofrendo de depressão é o médico. Isso porque o diagnóstico é feito através de critérios bem especificados e mais do que estudados e comprovados. O médico não diagnostica intuitivamente, mas baseado em dados científicos. Por isso, somente um profissional pode dizer se o que a nossa amiga Sereia apresenta é Depressão ou não.

Se a pessoa duvida do diagnóstico, não confia no profissional, deve procurar uma segunda opinião, com certeza achará um bom profissional em quem possa confiar.

Em relação aos medicamentos, é muito importante que saibam que o tratamento para depressão não deixa, de forma alguma, a pessoa dopada ou inerte. Isso não existe. Esse tipo de efeito pode ocorrer ( e dependendo do caso é até mesmo necessário de se conseguir) com outras classes de medicamentos que não os antidepressivos. E também não existe isso de viciar. Esse tipo de medicamento não vicia!!! Essa informação não procede!

É a mesma coisa que dizer que as bombinhas para asma viciam ou fazem mal ao coração... (quem nunca ouviu falar isso?) Não é verdade, é folclore, lenda urbana, e pode prejudicar de fato quem precisa usar esses remédios.

Como disse a Circe, não vamos superestimar momentos de tristeza, irritação, ansiedade ou estresse, tão comuns nos dias de hoje. Mas não podemos, da mesma forma, subestimar uma doença como a Depressão.

Sereia, espero ter ajudado de alguma forma. Assim como vc, muitas pessoas têm medo de remédios, mas pense uma coisa: é muito fácil ter medo daquilo que a gente não conhece, não é? Procure um bom profissional se continuar se sentindo assim!

Um beijo!

Oi, Circe!

Realmente vc teve uma experiência ruim relacionada à avaliação psiquiátrica e prescrição de medicamentos. Por isso que eu acho muito importante ressaltar que \"cada caso é um caso\". E que, na dúvida, sempre vale procurar um segundo profissional.

Pedindo licença ao tópico (pq acabamos saindo um pouco do assunto principal, mas só um pouquinho, né?), eu gostaria de comentar 2 coisinhas:

O seu relato de uso de medicamentos mostra alguns sintomas que são bastante comuns em início de tratamentos desse tipo. Nos primeiros dias pode ocorrer taquicardia, ansiedade, tremores, alterações do sono, etc, sem que isso signifique que o remédio está fazendo mal. Mas esses efeitos colaterais assustam mesmo,principalmente se a pessoa não estiver bem orientada de que podem acontecer e que a tendência é que passem com a continuidade do tratamento. Se sintomas indesejáveis persistem, uma reavaliação é necessária para ajuste de dose ou troca de medicação.

A outra questão é sobre a dependência de medicamentos. Os ansiolíticos, ditos \"tarja-preta\", realmente podem causar dependência. Por isso sua venda é tão controlada, ou pelo menos deveria ser. Mas, se forem prescritos com parcimônia, para casos específicos, em doses e por tempo adequados, a dependência não acontece. Respeitando a prescrição e fazendo o acompanhamento esse risco é absolutamente controlado. O uso indevido, abusivo e irresponsável pode levar à dependência.

Os antidepressivos não causam dependência. Mas algumas pessoas confundem dependência com necessidade, algo do tipo

\"comecei a tomar esse remédio e agora não consigo ficar sem\". Nesse caso, isso não significa dependência, mas sim que a pessoa apresenta um quadro resistente, com persistência de sintomas, talvez crônico, e que vai sim necessitar do uso de antidepressivos por longos períodos.

Concordo com vc sobre a banalização do uso de medicamentos, isso é grave e deve ser evitado. Mas tão ou mais grave é o preconceito em usá-los quando realmente necessários. E esse preconceito é muito comum, infelizmente. Algumas pessoas, movidas a esse preconceito, simplesmente rechaçam qualquer tipo de medicação psicotrópica, sendo que qualquer remédio tem apenas uma função: a de nos ajudar, eliminando sintomas e curando doenças. Qualquer resultado diferente disso deve ser avaliado, pois foge da intenção do tratamento.

O tópico, como bem ressaltou a Circe, visa dar \"atenção\" a quem o propôs, portanto não gostaria de desviar o foco da discussão...MAS, há certas opiniões que NÃO HÁ COMO IGNORAR...bem, vamos lá:

\"Que idade? Tenho 31 e ainda não casei. E daí? Eu não consigo entender como alguém pode ter depressão. EXPLIQUEM-ME!!! Tu não tem que trabalhar??? (...) Acho que entra em deprê quem quer.\"

Deus do céu, cada um que aparece por aqui...

Porque VOCÊ [acha] que nunca teve depressão, NINGUÉM NO MUNDO pode ter sofrido de depressão? Olha, depressão vc pode até (achar) que nunca teve, mas algum tipo de megalomania é bem provável. Quer dizer que porque vc acha que nunca teve problemas psíquicos, eles não existem? Então todos que dizem que tem esses problemas são falsários? Séculos de estudos da mente humana não servem para nada, Sigmund Freud, Carl Gustav Jung e tantos outros não existiram e centenas de faculdades de medicina psiquiátrica são só golpistas enganando o mundo todo?

Por favor!