Eu acho que os motivos mudam de acordo com o caráter de cada pessoa.

Tem gente que trai por sexo diferente, por carência, por vingança, por safadeza, por falta de sexo com o parceiro (a), por falta de vergonha na cara...

Tem uma conhecida minha que tem um amante, dá para ele a torto e direito e para o marido dá apenas uma vez por mês.

Ou seja, trai de sem vergonha que é, porque se fosse por sexo mesmo daria em casa hehehehe.

Motivos (se é que há) pra trair:

Uma carência interminável, que de forma alguma pode ser preenchida e faz com que mesmo tendo tudo fosse como não tivesse nada.

Tendência em por a culpa nos outros, no mundo e não ser capaz de assumir suas próprias responsabilidades.

A necessidade de se sentir "por cima" do outro, sempre quer levar vantagem.

Egoísmo e Insegurança.

A covardia de cobrar e não fornecer. Quem geralmente trai é quem mais cobra fidelidade do outro.

Covardia também no sentido de não se comunicar abertamente com o parceiro(a), pois sabe que se fizer acordo de relacionamento aberto o outro estará com outro(a) possivelmente melhor e assim sua "supremacia" estará seriamente ameassada.

Necessidade de se auto-afirmar e aparecer pros outros. O vazio interno é tão grande que faz a pessoa procurar fora de si a cura pro seu vazio interminável interno. Daí vem os vícios diversos ou a tal "variada necessária" no cardápio.

Medo ou vergonha de se abrir e ter uma conversa franca que poderia resolver a falta seja lá do que seja com o parceiro(a) ou culminaria no fim do relacionamento.

Até aqui nota-se ser um problema pessoal. O traidor tem problema. Por a culpa no outro não resolve esse problema e deveriam tratar-se antes de envolver outras pessoas. No fim, a integridade pessoal, o orgulho e a auto-estima que já era baixa vai ainda mais pro chão. SEM EXCESSÕES!

Se as pessoas procurassem expandir sua propria sexualidade, depois expandir a do parceiro(a), juntos, até seus limites e além, não haveria a necessidade de trair, pois ainda que a vontade pedisse outras pessoas elas poderiam ser integradas temporaria ou definitivamente na expansão da sexualidade conjunta. Todo mundo sairia feliz.

Na minha opinião cada um é livre, dono de si, de seu corpo, de sua vida. Um nunca será dono do outro, não há posse entre pessoas pois isso seria escravidão e não um relacionamento. O que carateriza a traição é a atitude do "esconder", como se fossem crianças fazendo coisa sabidamente errada quando os pais não estão. Traduzindo: Infantilidade.

Não acredito nesse modelo monogamico tradicional que todo mundo acha bonitinho mas que na prática não funciona.

Oportunidade sempre se tem, tanto homem quanto mulher, negar ou não é questão de cumprir com a promessa/cobrança que fez ao outro. Porém essa cobrança pesa ao longo do tempo e aí começa o fim. Não sou a favor das promessas vitalícias, elas deveriam ser revistas, negociadas e renovadas ou não de tempos em tempos.

As maiores prisões em nossas vidas vem de viver por regras inúteis que nós mesmo criamos ou aprendemos de alguem que as cobrava mas não as cumpriam de fato.

EGOÍSMO!

A pessoa que firma uma relação monogamica e trai, só pensa em: SUAS vontades, SUAS necessidades, SEUS desejos, SUAS fantasias, SUAS carencias...