O crescimento dos homens carentes

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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

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Atualmente, a reclamação básica de que as aspirações masculinas parecem ter diminuído conforme a ambição feminina tem aumentado é bem familiar. O que não é tão óbvio é outro subproduto da crise masculina: o grau frustrante do qual tantos homens jovens, cada vez mais, dependem das mulheres de suas vidas, não só para razões emocionais, mas também para buscar direção, ordem e estabilidade.

Enquanto não é novidade ver mulheres sustentando seus namorados e maridos, no passado o incentivo emocional formava uma troca. Ainda que imperfeito, o ideal foi vivido na prática e o objetivo era, geralmente, o mesmo: homens provinham, mulheres aceitavam. Por várias razões, os homens estão provindo cada vez menos. Ao mesmo tempo, o anseio dos homens para o conforto, tranquilidade, e direção vindo de suas mulheres parece estar ficando mais frequente.

E se faltava pouco para “a crise dos homens” virar o centro de conversa internacional, o artigo (que virou best-seller) “The End of Men: And the Rise of Women” (“O fim dos homens: a ascensão das mulheres”), da escritora Hanna Rosin, com certeza completou o processo. Especialistas de todo o meio político têm apoiado a teoria de Rosin: meninos e homens estão ficando para trás acadêmica e profissionalmente, por que homens são menos “flexíveis” do que as mulheres, menos capazes de se adaptar rapidamente a uma economia que é cada vez mais “indiferente à força”.

Querendo ou não, esse mal-estar masculino é tão difundido quanto às reivindicações de Rosin são discutíveis; se os homens são comparativamente mais rígidos e menos adaptáveis do que as mulheres, isso é, pelo menos parcialmente, uma contradição histórica. (Durante a revolução industrial, por exemplo, incontáveis homens fizeram a rápida e difícil transição da economia agrária para uma economia de fábrica, com diferentes graus de facilidade). Uma coisa é indiscutível: o livro de Rosin toca em um ponto forte, em que as mulheres estão irritadas pela falta de rumo, incerteza e a ausência de urgência que parece infectar tantos jovens (e, às vezes, não tão jovens) homens.

...

Os homens, escreve Matlack, são cheios de anseios: de falar, de serem entendidos, de serem aceitos. Homens, ele sugere, têm mais dívida emocional do que crédito. O que ele não diz é que, esse homem de hoje tem bem menos resistência emocional do que precisamos que eles tenham. A versão da mulher contemporânea sobre “anseios masculinos” não é tão ambiciosa, mas tem a ver com exaustão. Parte dessa exaustão pode ser por causa da “feminilização do sucesso” que Hanna Rosin descreve.

Mas, certamente, uma grande parte desse cansaço vem da realidade que, mesmo que muitas mulheres ultrapassem os homens financeira e educacionalmente, elas ainda devem desempenhar os papéis tradicionalmente femininos de ouvintes e constante incentivadoras.

Pague o aluguel. Faça-o sentir seguro. Diga a ele o que fazer e como deve ser feito. Faça tudo isso parecer sexy.


http://jezebel.uol.com.br/o-crescimento-dos-homens-carentes/?fb_action_ids=276658232452129&fb_action_types=og.likes&fb_source=timeline_og&action_object_map=%7B%22276658232452129%22%3A439188299450697%7D&action_type_map=%7B%22276658232452129%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

os homens meninos precisam resolver seus complexos de édipo :)

acham que a namorada/esposa é um seguimento da mãe...


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kvet
No PF desde: 05/06/2010

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meninos e homens estão ficando para trás acadêmica


Essa frase nem é a mais importante do tópico, mas foi a que me chamou a atenção. Faz alguns anos que venho notando um distanciamento dos homens nos meios acadêmicos.


Quando entrei na faculdade, cerca de 70% da turma eram homens. Minhas turmas de alunos hoje são disparado 70% meninas, ou seja, inverteu-se completamente.

Olhando meu pós graduação isso acontece na mesma proporção, a maioria esmagadora são mulheres. Minha orientadora possui hoje mais de 10 orientados entre mestrado e doutorado, sabe quantos são homens? Somente um só.

Incrível isso.

Eu me pergunto, onde isso levará? Ou o que isso nos mostra? Uma acomodação masculina surpreendente. E uma perda do mercado absurda por eles.

O que isso significa? Que eles estão mais acomodados? Não me surpreende que eles se queiram (alguns) um seguimento da mãe? Nós estamos deixando-os para trás..


Não generalizo, tenho colegas homens maravilhosos, profissionais competentes, grandes maridos (pelo menos na aparência). Mas que vejo um número crescente de homens sem ambição profissional nenhuma, refletindo muitas vezes na sua vida pessoal, lá isso vejo. E querem saber? Nada atraentes aos meus olhos.


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

antes proibido às mulheres (e infelizmente ainda é em alguns lugares do mundo) este conhecimento acadêmico resultará em cargos e salários melhores... e isso já uma realidade nos EUA para mulheres jovens que estão entrando no mercado...

tempos atrás postei um texto do Ivan Martins:

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Saiu na revista Time desta semana uma notícia capaz de apavorar os tradicionalistas: nos Estados Unidos, as mulheres entre 20 e 30 anos estão ganhando mais dinheiro do que os homens na mesma idade. Não se trata de uma projeção sobre o futuro. Está acontecendo já, neste momento. Sem fazer barulho, as garotas americanas ultrapassaram os caras na competição por salário e renda. Faz alguns anos que elas vinham se dando melhor na escola e, mais recentemente, começaram a se diplomar em maior número, mesmo em carreiras tradicionais como medicina e direito. Agora, começaram a ganhar mais. Se não houver alguma interrupção imprevista, a mudança vai se aprofundar e permanecer.

A principal delas é que essa enorme mudança está sendo construída devagarzinho, de forma profunda, há muito tempo. As meninas de 20 anos que estão por ai - que eu costumo chamar de “Geração Tipo”, por causa daquela palavrinha que se repete a cada meia dúzia de palavras que elas falam... – são muito mais independentes e assertivas do que as garotas da mesma idade da minha geração. Claro, sempre houve mulheres de personalidade, mas elas nunca foram tantas como agora, ou nunca se mostraram tão claramente. Os caras da idade delas estão acostumados. Eles convivem, conversam, discutem e (quando crianças) até saem no braço como iguais. As relações afetivas se desenvolvem desde cedo num contexto em que a dominação masculina é mais frágil, ou mesmo inexistente. Para mim, as mudanças de comportamento das garotas parecem drásticas e repentinas, para os homens jovens são parte do mundo em que eles cresceram. Eles se apaixonam por essas mulheres imperativas desde a adolescência – e parecem estar perfeitamente adaptados a elas.


http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2012/03/garotas-tipo-vao-mudar-o-mundo.html

além da nossa capacidade em fazer várias tarefas ao mesmo tempo... mulheres são bem mais maleáveis, no sentido de procurar novas soluções ...

só espero que este 'poder' não vire um 'machismo às avessas' ... um matriarcado.... não que algumas mulheres precisem prover para serem as chefonas de algumas casas, elas já o fazem ... o equilíbrio sempre é a melhor solução....


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xaropinho
No PF desde: 15/04/2011

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...BÚLLING por sermos homis!!!!!!


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

isso já acontece, Xaropimm

nós gritamos: vai trabalhar vagabundo...

eu não entendo homem que gosta de sustentar mué... kkkk


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kvet
No PF desde: 05/06/2010

Mas está errado.

Sei lá, sou às antigas mesmo. Não quero sustentar uma casa, e filhos e maridos sozinha! Sei que os homens fizeram isso por séculos, e alguns ainda fazem questão de manter esse modelo. Mas eu não quero para mim este papel de provedora.

Por isso falei que refletindo tudo que vejo na pouca ambição de alguns seres do sexo masculino isso me é NADA atraente.


Encosto espiritual eu vou em um c espírita e retiro (com o perdão da brincadeira), mas encosto de carne e osso, homem acomodado, querendo "uma mãe", não entendo como algumas mulheres suportam isso.


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

apesar de algumas pessoas acharem que as feministas apoiam este tipo de matriarcado, onde a mulher vira o provedor e toma o 'poder', isso é o contrário do que o feminismo prega... que é a igualdade de direitos e deveres....


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kvet
No PF desde: 05/06/2010

E isso tem a ver com homens carentes também. Quem quer um filho dessa idade?

Pessoas carentes (no nível que estamos colocando aqui e na matéria) são inseguras, dependentes, pegajosas.. Nada podem acrescentar em uma relação sadia..


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Eis
No PF desde: 24/05/2011

Posso afirmar exatamente ao contrário do que diz o texto.

As pespectivas são diferentes dependendo do gênero de quem observa.

Eu acho q as mulheres querem cada vez mais um pai, seja material ou psicologicamente... e aí, cara pálida?!?! Quem vê a realidade?!?! Quem é o dono da razão?!?! Eu ou a mulher que escreveu o livro??!? A opinião varia conforme o gênero-->FATO!

Quanto às mulheres no meio acadêmico, percebi o mesmo que as meninas, seja na graduação ou na pós...


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

meu querido ex Eis...

Quote:
Quem vê a realidade?!?! Quem é o dono da razão?


as coisas não são assim tão branco no preto, não é mesmo... meu querido ex?

os pontos de vistas e experiências pessoais são muito subjetivos... e acabam influenciando nossa opinião... talvez voce esteja convivendo com muitas mulheres que preferem o sistema antigo, patriarcal... e a autora do livro e o pessoal da revista Times convivem com mulheres mais independentes...

se a melhor qualificação feminina acabará em melhores empregos e salários aqui no Brasil também, não há como saber...


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Eis
No PF desde: 24/05/2011

Olá minha sempre ponderada ex, ANa.

Pensei que a chibata ia "cantar" nas minhas costas qdo comecei a ler teu post de resposta...

Pois bem, realmente os extremos que cotaste foram colocados de propósito para que pensemos nestas "verdades" que são veiculadas pela mídia.

Eu aho q a virtude está no meio... (extremamente original!!!rsrs)

Fato é, tb, q as mulheres estão galgando cada vez mais lugares de destaque.

Para mim, a ùnica coisa que depõe contra elas é a competição entre o próprio gênero. A máxima, "mulher não se bica" ainda está bastante em voga, minha opinião. Bj querida. Saudades ;)