TER OU NÃO TER FILHOS? EIS A QUESTÃO!

117 respostas [Último]
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Coment
No PF desde: 09/11/2010

Os mediadores do PF estão ressucitando alguns´post\'s.

Vámos.


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Caronte
No PF desde: 03/03/2010

Quem sabe a gente faz assim: estabelece um limite mínimo de renda familiar. Quem for muito pobre, é executado com uma facada(balas custam dinheiro, não se deve gastar dinheiro com pobres, já bem diz a cartilha direitista).


Preserva-se apenas a quantidade de pobres necessária para serviços subalternos e/ou degradantes, que os privilegiados(que o são por terem sido ungidos por Deus, evidentemente) obviamente, não se submeteriam a desempenhar.


Daí, nunca necessitaríamos de cotas, enems, estas coisas. Os filhos dos abastados poderiam ir para as universidades públicas(por que o Governo precisa pagar universidade para quem se gaba de poder pagar por si mesmo é incompreensível, mas o ser humano é ilógico, né?), nem os filhinhos abonados precisariam conviver com a indesejada presença da ralé em suas salas de aula.


Mundo perfeito.


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Themis
No PF desde: 18/09/2009

Sou a favor das cotas para estudantes oriundos de Escola Pública por \"N\" motivos. Ainda acho pouco o percentual destinado a este público, para mim, tinha de ser, no mínimo, 50%.


Fiel ao que acredito e prego, NÃO FIZ VESTIBULAR EM UNIVERSIDADE FEDERAL, porque, or méritos deles mesmos, meus pais tem condições de pagar uma Universidade particular para mim. Eu estudei a vida inteira em escola particular, por meus pais acharem que o ensino era melhor, porque cargas d\'água na hora da Faculdade eu iria optar por uma pública?


As universidades públicas, assim como as escolas, foram criadas pensando naqueles que não PODEM pagar uma particular. Me incluo no outro grupo, dos que podem, portanto, estou na PUC.


E não me venham com balela (como já ouvi) de como meus pais ficariam orgulhosos de colocar uma faixa da UFRGS na frente de casa. Os cursos da UFRGS não são, em absoluto, melhores que os da PUC. Só há um motivo de o diploma ser tão \"valorizado\": é difícil de entrar! E porque é difícil? Porque todas as pessoas tem essa cisma de TER QUE PASSAR NA FEDERAL. Aí vai a torcida do Flamengo inteira prestar vestibular, o torna muito concorrido e quem entra é \"gênio\".


Francamente....


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Nandablue
No PF desde: 17/04/2010

Opiniões extremas sempre são perigosas, ainda mais sobre um assunto tão delicado...


Eu sempre estudei em escola particular. Meus pais, inclusive, fizeram alguns sacrifícios para isso. Pagavam, mas não era barbada para eles.


Levei 3 anos para passar no vestibular. Não foi fácil. Ainda bem que consegui cursar uma federal, pois se fosse numa faculdade particular, meus pais não teriam condições de pagar, tendo em vista o custo altíssimo do curso que acabei escolhendo.


Se, na época que prestei vestibular, houvesse as cotas, ao invés de 3 anos, talvez eu nem conseguisse entrar! Estaria sendo, de certa forma, penalizada por ter estudado numa escola particular, pelo menos eu sinto dessa forma.


E, caso alguém não saiba, mesmo quem estuda em escola particular rala muito para passar em cursos concorridos. É preciso estudar e esforçar-se muito para conseguir.


Eu ainda acho que o furo é bem mais embaixo... O ensino básico público deveria ser prioridade no nosso país, de forma a dar ferramentas para todos lutarem com as mesmas chances. Isso, no meu ponto de vista, é o mais justo e o ideal.


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Moça!
No PF desde: 12/10/2010

Themis, que alívio que dá de ver aqui pelo menos um depoimento de alguém que mesmo tendo condições financeiras não reclama das cotas.


Eu não deveria, mas aínda me choco ao ler/ouvir (como vi na página anterior) uma pessoa que tem plenas condições financeiras reclamando das cotas/enem\'s - sendo que o gasto básico que tem com a educação do próprio filho é maior que R$ 1.000,00. Em que mundo vive essa pessoa?


Houve um tempo em que haviam escravos... e quando se falava em \"libertá-los\" achava-se um absurdo.. \"Mas como assim? Eu comprei! Quem vai trabalhar pra mim? Como assim pagar pro meu escravo trabalhar? Ele é meu!\"

Viveu-se assim por tanto tempo... e precisou de tanto tempo para que fosse unanimidade (??) a compreensão do absurdo da situação.


Eu desejo muito... que a geração (abastada) que ainda está na escola hoje em dia já consiga ver como você, Themis, que todos têm o direito de viver dignamente e de querer ser feliz. E que não conseguir chegar lá por falta de oportunidade, isso sim, é INJUSTIÇA.

:)


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Nandablue
No PF desde: 17/04/2010

A questão é o tipo de oportunidade que estamos falando...


Para o sistema, é imensamente mais fácil criar as cotas do que estruturar as escolas, pagar melhores salários para os professores, investir em educação continuada para os profissionais da educação e outras medidas que fariam do nosso ensino público algo que desse aos estudantes chances de lutar de igual para igual em um vestibular...


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Moça!
No PF desde: 12/10/2010

e completando...


Se pra alguém que conseguiu ter uma educação em escola particular já é difícil entrar em alguns cursos imagina alguém que estudou numa escola municipal ou estadual, com professores ganhando uma titica, vivendo de merenda escolar...


É difícil pra todos, sim... Mas pra alguns, com ainda menos dinheiro e ainda menos estrutura familiar isso é 10.369 vezes mais difícil.


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Themis
No PF desde: 18/09/2009

Na verdade Nanda, me expressei mal!


Não é porque uma pessoa estuda em escola pública que é pobre, nem porque estuda em escola particular é rica.


Realmente destinar 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas seria injusto. Isso porque, não podemos esquecer que há bolsistas nas escolas particulares e estes, automaticamente, estariam excluídos das cotas.


Deveria ter cotas para carentes, esta, sim, no percentual de 50%. A pessoa que é pobre deveria ter prioridade para ingressar numa Federal.


Agora me expressei melhor.


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Themis
No PF desde: 18/09/2009

Nanda, quanto a teu último post, concordo plenamente.


Todavia, \"medidas provisórias\" são necessárias... e, por enquanto, a solução são as cotas, por mais que não seja a melhor delas!


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Caronte
No PF desde: 03/03/2010

Até concordo, Nanda, mas eu acho, no mínimo, uma completa ausência da mais básica noção de cidadania a pessoa poder dispor de R$ 4000 mensais para a educação de um filho, e reclamar que este filho não pode estudar de graça porque o filho de um pobre(esta gente mal cheirosa que tanto asco provoca nos integrantes das \"massas cheirosas\"), que deveria estar varrendo uma calçada, está ocupando a vaga dele na universidade pública. Ora, vamos e venhamos...