DESCONTRUIR O MITO DA MATERNIDADE PARA CONSTRUIR DE OUTRO JEITO....

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Ro Samy
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No PF desde: 24/11/2012

"Fui eu que entendi errado ou ela defende a ideia de as mães darem a criança para a adoção, caso se arrependam de ter parido??"


pois é, eu também li e reli para tentar compreender isso e não pude definir o real sentido da afirmação, mas parece isso mesmo.


E em relação ao amor incondicional, eu, no nascimento de meus filhos senti sim, um amor incrível, um elo , é difícil de explicar o que senti quando peguei meus filhos nos braços, uma ternura sem fim, uma vontade de protege-los, de fazer tudo para vê-los felizes.


Fiquei me perguntando se esta mulher tem filhos e que relação ela tem com eles.


D@ny
No PF desde: 16/08/2011

Também fiquei pensando sobre essa autora do texto.

Realmente quando desejamos ser mãe é algo que decidimos .. está no instinto!!


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

Quote:
Fui eu que entendi errado ou ela defende a ideia de as mães darem a criança para a adoção, caso se arrependam de ter parido??


creio que: de se arrependerem de terem engravidado....

se o Brasil tivesse um sistema decente de adoção, eu acharia a melhor solução para muitos casos... na minha opinião é preferível crescer em uma família adotiva (que realmente querem ter filhos e serem PAI e MÃE no sentido real, não apenas progenitores) do que ser criado com pais irresponsáveis e desleixados...

também não concordo com todo o texto Fiorela, achei interessante para conversarmos à respeito...

amanhã volto mais descansada para opinar melhor :)


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

Quote:


Fiquei me perguntando se esta mulher tem filhos e que relação ela tem com eles.


sim, ela é mãe

Quote:
A minha filha tem 15 anos. Eu a tive aos 27 anos, num momento em que me deu uma vontade imensa de ter uma filha. Naquela época eu era muito, mas muito ingênua. Muito devotada a todas as causas auto-sacrificiais. Meu feminismo ainda não tinha acontecido. Vejo minha filha como uma pessoa linda, maravilhosa. Ela é, sem dúvida, pessoa que mais amo na vida. Sorte que a tive naquela época, pois hoje, depois de perceber muitas implicações da procriação, seria difícil fazer esta escolha. O que mais me atinge hoje em dia é o tamanho da responsabilidade. É a intensidade da responsabilidade. Naquela época eu tive ajuda de muita gente. Minhas irmãs, minha mãe, as pessoas que pude pagar. Como separei do pai dela muito cedo, ele quase não ajudou, como até hoje, praticamente não tem participação em suas questões de ordem subjetiva e prática. Para mim isso não é um problema. Ao contrário. Eu me sinto mãe de muita gente, no sentido de que tenho o gosto de proteger e ajudar várias pessoas. E acho que, neste sentido, a maternidade é boa, desde que ela não seja jogada e imposta às mulheres. E é neste sentido que ela pode também ser praticada pelos homens. Podemos ter filhos adotivos, diversos, vários. A maternidade, neste caso, é uma subjetividade de acolhida que não precisa ter relação com um corpo capaz de parir.


Quote:
O que perguntaria para sua mãe? E para sua filha?

"Para minha mãe: por que vc não nos abandonou?

Para minha filha eu não perguntaria nada. Mas eu já pedi desculpas por tê-la colocado neste mundo. Ela, gentil, me respondeu” relaxa, mãe, eu to gostando”.


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fiorella
No PF desde: 28/03/2011

Ro, eu sempre imaginei também que as mulheres fossem tomadas por um amor incondicional ao ter os filhos. E acho que acontece com grande parte delas.


Mas com o tempo, em decorrência de histórias que tenho visto, infelizmente nem sempre isso acontece... bem como a tal filósofa ali falou, porque muitas mulheres não levam jeito para serem mães.


Ah, fui ler na íntegra, e na entrevista ela diz que tem uma filha de 15 anos...


Esse assunto me fez lembrar de um livro que li da Brooke Shields. Se chama "Depois do Parto, a Dor". É bem interessante. Ela relata a experiência dela de depressão pós-parto. Aí às vezes ela fala do quanto a romantização da maternidade acabou influenciando no problema dela. É legal tanto para mulheres que não fazem ideia dos "perrengues" do que é ter um filho quanto para aquelas que engravidaram e estão com medo do que vem pela frente, ou ainda para aquelas que passam pelo mesmo problema. Até porque a atriz superou o problema e parece estar bem hoje.


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Ro Samy
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No PF desde: 24/11/2012

"Relaxa mãe, eu to gostando"


hahahhaa

amei a resposta...


pesquisei sobre a entrevistada, dei uma lida sobre a carreira dela.

É uma mulher inteligente, mas me passou uma imagem de perturbada.


Mas interessante o tema.

Aliás tudo o que pode ser analisado e nos acrescente algo ou alguma lição é válido.


boa noite meninas...


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Kátia.Aquiles
No PF desde: 09/12/2009

O ponto em que eu concordo plenamente com esse texto é: existe muito mito em torno da maternidade. Outros pontos não concordo nem um pouco.

Lendo esse texto e esse outro aqui (http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/12/guest-post-filha-e-irma-mais-velha.html, tirado de um blog, andei refletindo sobre os comentários mais que os textos em si.

(O texto do blog fala sobre como a irmã mais velha sofreu com a responsabilidade de ter que ser o exemplo para a irmã mais nova e a preferência da mãe por uma das filhas)

Eu gosto daquele frase: "Pais também são humanos, também erram". Mas, ao meu ver, estão banalizando demais a frase. Sim, virar pai e mãe não confere super-poderes para ninguém. Mas essa frase não pode justificar tudo na relação pais-filhos. Não podemos cobrar coisas irreais deles e também não podemos justificar todos os erros.

Nesse texto que eu postei usaram muito a máxima: "Pais e mães podem até errar mas sempre estão tentando fazer o melhor para os filhos." Em que mundo essa gente vive? Estão de brincadeira? Sim, pais e mães não são serem superiores que sempre tem que acertar. Mas porque tanta inocência ou mesmo burrice, para fechar os olhos que existe sim no mundo pais e mães desprezíveis, como qualquer outro ser humano, justamente porque maternidade/paternidade não dá super-poderes para ninguém. Existe pai que estupra a filha, joga pela janela, mãe que mata o filho, etc.

Imagina o quanto não é doloroso para uma pessoa que sofreu grandes traumas por culpa de pai e mãe ouvir uma frase idiota dessas?

Isso também é um grande mito da maternidade, que isso não é algo mágico que vai fazer toda a mulher amar incondicionalmente aquela criaturinha.

Mas isso não dá o direito à nenhuma mulher ou homem de abandonar a criaturinha. Sim, discordo plenamente do texto. Toma, que o filho é teu sim.

Estão usando muito a muleta da culpa da sociedade. "A sociedade pressiona". E daí que a sociedade pressiona? Eu vou ter um filho porque a sociedade cobra e abandonar o filho porque ser mãe não era algo que eu realmente queria e a culpa é da sociedade? Conversinha para boi dormir essa...


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

se fala muito em planejamento familiar... mas nas famílias com quem convivo a maioria dos filhos não foram planejados, aconteceram... seja em namoros ou casamentos...

eu gostaria de não julgar mães que abandonam os filhos... como já contei aqui no PF, meu irmão brigou muito para ficar com meu sobrinho , porque sabia que a ex não tinha nenhum instinto maternal e o bebe ficaria melhor com ele... e acredito realmente que tenha sido o melhor, ele cresceu num ambiente saudável e amoroso, coisa que não tinha muito da mãe dele...

mesmo assim é difícil não 'cobrar' da minha ex cunhada um comportamento de boa mãe... está incrustado em nós este 'julgamento', se um pai muda de cidade ou não quer ficar com os filhos, simplesmente muitos dizem que é coisa de homem, ponto... paga um pensão e deixa para a mãe os cuidados diários com a criança (como se dinheiro resolvesse a falta de amor)...

ninguém o vê como monstro, no máximo um irresponsável e egoísta...

podemos cobrar responsabilidade dos pais e mães para dar uma boa subsistência aos filhos, mas como cobrar carinho e dedicação?


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

rsrsrs


uma mulér que nãum gera em seu ventre os sucessores de seu senhor, é uma mulér incompleta e que nãum cumpriu a contento a ordem natural das cousas


minha opininhãum né :)


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tischa
No PF desde: 13/08/2011

A mulher não fez o filho sozinha e não deve arcar com toda a responsabilidade. Chega desta bobagem de colocar a culpa e responsabilidade da gravidez só nos ombros das mulheres. Se ela não quisesse filho que se cuidasse, ok concordo. E o homem não precisa se cuidar? Cade o instinto de protetor de seus rebentos?

Separou, ou os pais não moram juntos, a solução é a guarda compartilhada, a criança a 15 dias em cada casa. Se a mãe pode passar a noite acordada, levantar cedo para levar para escola, faltar ao trabalho para levar ao médico, enfim arcar com todas responsabilidades o pai também deve cumprir com seus deveres. Pagar pensão não é o suficiente.

Direitos e deveres iguais.