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TRANSTORNO BIPOLAR E O FIM DE UM CASAMENTO...
seg, 18/10/2010 - 15:44
#2
passa lá no cantinho privado escolha de parceiros
estamos postando cada beleza..........
só para distrair
querida, nada nesta vida é certo.......... só a morte
então se voce tem certeza que não dá mais.......... separa
quem sabe afastados , voces dois possam acertar as arestas
e se não
bola pra frente........ segue tua vida
estarei te dando apoio, independente da tua decisão
bjim
seg, 18/10/2010 - 20:47
#3
Oi!
Vim pra te aconselhar um remédio homeopático, devagarzinho, mas sem muitas contra-indicações, puro e natural - feito com essência de mulher. Mas mulher forte, guerreira e inteligente.
O remédio: Clarice Lispector.
Ora, é quase uma obrigação admirar uma mulher que disse: \"Eu sou mais forte do que eu.\"
E olha outra frase pra ti:
\"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!\"
E o coração dela, infinito. ;)
seg, 18/10/2010 - 21:37
#4
Clarisse sou eu contemporânea...
Todos esses enunciados aplicam-se com perfeição às minhas próprias sensações.
Muito se discute que talvez portasse PMD.
Escritora que não definia tempo e espaço, mas descrevia com paixão sentimentos e sensações.
Obrigada Dame. Venha mais vezes. Sinto sua falta.
seg, 18/10/2010 - 22:00
#5
Joia, ando sem tempo por causa de compromissos (encaro assim!) profissionais. Mas vou passar aqui volta e meia pra comentar no teu tópico-terapia e no blog das gurias. (Somos todas gurias, não é mesmo? ;))
Clarice descrevia com paixão... mas, o que é uma mulher pura senão suas paixões? Senão suas paixões contraditórias, abissais e incompreensíveis?
O grande problema de uma mulher é a solidão. Uma mulher nasce com um buraco - que na verdade é um verdadeiro lago - onde tem que botar amor. Se não bota, as plantinhas do lago vão morrendo. Mas aí tem gente que quer botar outras coisas ali. E não sabe que só pode ser amor. (Carinho, afeto, compreensão, etc.) E também mata as plantinhas do lago. Mas mantemos a esperança. Um dia o lago vai tá bem cheio e até vão nascer plantinhas novas, aparecer cisnes e patinhos também pra tudo ficar bem feliz. :)
Eu adoro escrever. Na verdade eu não adoro. Eu preciso... Como disse a Clarice, \"Acho que quando eu não escrevo eu morri\" (coisa assim). E quando a gente escreve é pra sair da UTI.
Melhoras. Beijos. Fé em Deus. Consulta teu coração, mas não confunde ele com qualquer outra parte bem menos importante.
seg, 18/10/2010 - 22:12
#6
E se, por acaso, algumas de nós nascermos com um oceano - e não um lago - , paciência. Existe o amor mais forte - tem que existir - que se espalha mais.
seg, 18/10/2010 - 22:14
#7
Sinto convicção na sua mudança, Joia, e quando uma mudança é para melhor que se mude já!
seg, 18/10/2010 - 22:58
#8
Às vezes alguém está acima do peso, mas seus exames de sangue apontam taxas normais, tem a opção de emagrecer por razões estéticas apenas (ou não, caso sinta-se bem consigo). Mas continuando a comer mal/errado, suas taxas começam a sofrer alterações e culminam em um problema crônico de saúde. Se não perder peso, corre sério risco de morte...
Analogamente é isso. Quando me separei pela primeira vez, o diagnóstico estava sendo investigado, eu ainda não me considerava \"paciente\" de uma patologia crônica, embora estivesse em franco estado de mania (sintoma clássico). Apenas desconfiava, mas nada era \"tão grave, tão certo, tão sério\". Fiz uma opção e segui em frente. Graças ao bom nível de esclarecimento e maturidade que fazem parte de mim, não amealhei grande prejuízos de caráter emocional ou moral, \"apenas\" financeiro.
Voltei para casa por opção, para recomeçar, para nos dar uma nova chance. Não me arrependo sob nenhuma hipótese! De sair nem de voltar.
Hoje a decisão está sendo tomada considerando minha condição de paciente, de forma trabalhada em terapia, eu estando devidamente medicada e reconhecendo cada alteração por mim sofrida a partir dessa vida conjugal doente e falida.
Claro que vai ser difícil e vai doer em muitos! Nossas famílias vão ficar com um enorme ponto de interrogação na testa. Mas o alívio e a melhora gradativa que será notória, pelo menos em mim (tenho quase certeza que nele também), os ajudarão a compreender e a ceitar a nova configuração de família...
Decisão devidamente amadurecida e tomada, mãos-a-obra!
(Infelizmente ele ainda não digeriu a idéia, ou está se fazendo de desintendido para ver se cola. Pena.)
Mauro, que bom que veio! Confesso que senti sua falta de verdade. Mal sabe (agora bem sabe, hehe) o quanto me fez bem sua visita e suas poucas e proféticas palavras.
seg, 18/10/2010 - 23:04
#9
Dame, é isso mesmo! Tópico-terapia. Que espaço gostoso...
Clarisse perguntou para alguém porque bebia água, aí esse alguém respondeu \'porque sentia sede\'. Então ela disse algo como: você bebe água para não morrer. Escrevo pela mesma razão. O dia que parar de escrever, morri...
Mais ou menos por aí. Lindo mesmo! Clarice Lispector é o que há...
ter, 19/10/2010 - 00:16
#10
Joia:
Tú sabes que optei por manter minha família, mesmo que sofra alguma privação. Nada intolerável. Agora...pelo visto há um abismo intransponível entre tú e o teu marido. Por mais que tentes, não se cria alguma ponte entre vocês. Assim fica difícil e tú não tens que segurar \"a barra\" sozinha. Por mais que não sejas entendida, o importante agora é tua melhora física/clinica/psíquica/sexual...Tem horas que temos de ser egoístas, pois é para o nosso bem. Qualquer que seja tua postura, sou parceiro - mesmo que uma distância do tamanho do Brasil nos separe -, pois creio que nascemos para a felicidade.
Sucesso e nos atualize sempre!
Ana, quero ir embora para sempre entende? Não quero ser triste. Sei que muitos vão atirar pedras, outros vão até me compreender por amor, mas ninguém paga as minhas contas ou vive o transtorno que vivo.
Estou lendo um livro que tem um trecho que trata justamente da culpa que a frase \"não te amo mais\" carrega.
Pode não ser por meu transtorno, por sua falta de higiene, por ser bitolado, por sermos diferentes na maneira de entender o que seja um relacionamento satisfatório, por falta de sexo, por tudo isso e mais... Pode não ser por nada disso! Posso não amá-lo mais. Ele pode não me amar mais. Temos esse direito!
A culpa é tão grande que preciso bater sempre nesta tecla durante a terapia. É o que mais me faz mal. É o boi que engulo diariamente. É o disparador das crises. Preciso cuidar disso, se não vou alimentar esta maldita doença.
Vou na próxima quinta e ela garantiu que sairemos dessa sessão com algumas respostas. Algo novo aconteceu (a discussão de ontem). Já havíamos chegado ao consenso da separação (eu e a terapeuta), mas depois da viagem mudei os rumos da conversa porque de fato senti saudades. Mas quero sumir de novo.
Talvez alugue uma casinha numa vila que fica perto da casa dos meus pais, para não dar a ninguém o direito de julgar minhas decisões a ponto de me fazer escrava da culpa que já carrego.
Não quero alimentar falsas esperanças. Vou conversar com os pais dele porque acho necessário e importante. Não darei esperanças. Direi simplesmente que o casamento acabou e que cada um seguirá seu caminho.
A minha dor por vezes é física. Transborda. Mas você vai notar que quando me sentir aliviada, meus posts serão menos pesados.
Ana, note que mesmo meu vulcão estourando, passeio pelo site e conduzo a vida da forma mais saudável possível, pois isso me acalma, traz sensação de normalidade à minha conturbada vida. Quando dou uma \"sumidinha\" é porque ou estou batendo cabeça no trabalho free (informática) ou estou cumprindo uma agenda social. Fica fria amiga, que essa sua amiga virtual é guerreira, reconhece e utiliza muito bem suas válvulas de escape.
A propósito, já passei lá na entrevista do Cadu. Passa lá pra me conhecer melhor e diz pra mim se tenho vocação pra ser esposa de candidato a padre e ficar tanto tempo sem uma boa brincadeira sexual.... Aiaiai!!!