Voltei para o continente. Encontrava-me alegremente ilhada com minha baby. Foi revigorante!

Bem... Fiquei preocupada com nossos novos foristas, em especial a Andrea F., que vive um relacionamento que realmente foi desgastado pela doença do marido. Não é justo que ele faça da vida de sua família e à sua própria um inferno. Precisa investigar clinicamente seus sintomas, mas principalmente precisa reconhecer que não tem qualidade de vida e nem a oferece à família. Daqui a pouco vou ao tópico que abriu postar diretamente... Só precisava registrar minha solidariedade às pessoas e famílias que adoecem sem saber \"do quê\". Triste e recorrente estatística em famílias com portadores dessa síndrome. Tenho absoluta certeza de que o melhor remédio, melhor ainda que estabilizadores de humor é o autoconhecimento e autogerenciamento de emoções. Não podemos evitar sempre certos pensamentos e comportamentos, mas devemos reconhecê-los e perceber cada nuance do comportamento patológico, para proceder o gerenciamento e conseguir talvez evitar ou amenizar as causas, o processo e possíveis, e comuns, consequências de um comportamento de risco.

Pena que tantas pessoas não se reconhecem doentes, não aderem aos tratamentos, querem mergulhar na euforia como se fosse uma droga. E mergulham na depressão como se fosse o fim. Gostaria de calar mais fundo em alguns como a gama de informações que amealhei calaram em mim ao ponto de eu poder dar-me \"ao luxo\" de passar semanas sem remédios, mas tê-los sempre, além de duas pessoas que me são tão caras, porque apoiaram minha decisão e me concederam tal crédito, além dos números de seus celulares. Psiaquiatra e Psicóloga. Mas importantíssimo frisar que só paro sob orientação e retomo também sob orientação. Nada a ver eu amanhecer em uma bela manhã (ou terrível!) e jogar tudo para o alto. Isso é perigoso e pontencial ato involuntário de suicídio, a curto, médio ou longo prazo. Os medicamentos podem significar opção por vida ou morte para certos doentes...

Infelizmente sei que está longe da realidade de talvez a maioria. Mesmo assim busco informação, boas referências bibliográficas, faço o que posso. Mesmo assim passo por altos e baixos. Pensem nas pessoas que desconhecem, negam ou simplesmente não reconhecem a necessidade de combater os sintomas desta síndrome que maltrata seu portador e seus entes queridos, amigos, a todos com os quais que convive.

Um pensamento suicida hoje eu posso dizer que tiro de letra. Se não \"me garantir\" sozinha, peço ajuda, sem o menor pudor!

Euforia é bom?! Não acho mais. Acho melhor pensar positivamente com clareza, sem ilusões ou psicoses, manias de grandeza. Não me envergonho mais dos vexames que já passei por fazer uma lista enorme de \"projetos de vida a serem cumpridos\" em um momento eufórico (e nem ser final de ano!), e depois abandonar aquela lista como se nada daquilo me importasse mais... Exerço o auto-perdão. Ainda faço as tais listas, mas brinco que se não cumprir nem a primeira linha, é porque aquilo não era de fato \"alcançável\" ou importante. E toco a vida...

Voltei e ainda estou com minha pequena. Fiquei com saudades do meu \"fofinho porquinho\" e conversarei exaustivamente com ele.

Nanda, fiz o tal exercício de imaginar minha vida sem ele e não deu muito certo, não! Vivamos um dia de cada vez....

Quanto ao sexo, ainda não tenho libido. Senti um montão de saudades dele mas longe de sentir vontade de ter intimidade. Isso sim é um problema que me preocupa deveras. Masssss, vivamos...

Bjo a todos e obrigada pela força. Vou passear pelo PF pq tô morreeeendo de saudades!!!

Vou aos blogs referenciados com prazer, e no que puder ajudar, estou à disposição. A ajuda, na verdade, é mútua.

Rapidinho... Se eu postar um texto muito eufórico ou muito deprê, lembrem-se que faz parte da minha vida e que estou sendo acompanhada. Qualquer coisa eu grito, mas morrer disso, definitivamente, NÃO!

Na verdade nunca foi o mais arrumadinho dos rapazes (à época) mas nos tempos de namoro e primeiros anos de casamento banhava-se em perfume e ainda havia o \"aroma\" da paixão, da juventude, do desejo incontrolável inerente... Lembro também que a euforia sempre foi mais minha companheira do que a deprê. Fazia o tipo \"viajandona\" de mochilão pronto e topava muitas \"paradas\". Muitas delas arriscadas, mas nem sonhava que tinha uma alegria fora do comum, que as vezes me envolvia em verdadeiras ciladas e Algo Maior que nós me envolveu em um manto protetor para voltar para casa a salvo. Quando o conheci tudo era festa, tudo era bom. Queria que você pudesse sentir ou imaginar exatamente o que nós bipolares chamamos \"bom, legal, bacana\". Na verdade tudo era \"maravilhoso\", \"único\", \"expetacular\". E foi assim minha paixão: fulminante e avassaladora. Fiquei cega às suas \"falhas\", além de tudo todos os namorados e cônjuges camuflam um pouco certos comportamentos...

Some tudo isso e... Hoje, mais conhecedora de mim e dele, percebo que meus sentimentos se converteram em algo que não consigo definir (amor? amizade? gratidão? companheirismo?, tudo junto? Sei lá!).

Mas há um fato novo sim, e bem relevante! Ele engordou bastante, cerca de 20kg. Às vezes quando pego pesado e exijo que tomemos uma atitude contra esse marasmo, essa deficiência em nosso casamento, ele alega que precisa ter tempo para praticar exercício, emagrecer... O problema é que não se mexe nesse sentido! Já marquei dentista e ele smplesmente não foi. Não vou levá-lo pelo braço como faço com nossa filha!

Nanda, tenho certeza de que é por isso. Mas ele possui qualidades que passei a valorizar muito e um censo de gratidão que não permite que realmente efetive a separação. Mas a terapia continua e vamos ver, tocando em frente. Preocupo-me porque sou alegre, procuro aprender como posso, extraio o que posso de cada fonte, de cada experiência, mas convivo com um homem trabalhador que certamente passa por problemas internos mas que nega como pode suas limitações. Aí de vez em quando fico murcha, deprê, frustrada, irritada.

Desta vez que viajei com a filha revi pessoas que não via há anos e foi uma sensação única de prazer e revigoração. Tive \"oportunidade\" de experimentar a infidelidade, mas não o fiz por respeito a ele e por auconhecimento e autogerenciamento de emoções. Por isso bato tanto nesta tecla. Se eu não tivesse essa característica de buscar ajuda em tudo o que posso, não acha que teria tido uma bela dor de cabeça e motivos para me arrepender para o resto da vida?!?! Não somos mas os mesmos mas sou casada e respeito tudo o que envolve esse estado civil.

Só um detalhe. Triste. Tenho libido. Assisto a filmes e me excito, ouço gracejos e fico empolgada (internamente). Vou ao CP e acho ótimo! O problema está mesmo sério. Vivamos...

Beijo.