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Sentimento de solidão
sex, 21/09/2012 - 15:13
#2
Vencedora (o nick fas jus a sua história), quem sabe vc relata sua história de vida para publicarmos aqui no PF, na seção de Histórias de Vida?
sex, 21/09/2012 - 15:38
#3
Olha só eu ando perdendo vários capítulos aqui no PF...
Parabéns, vencedora. De coração, te admiro. Que linda história. Vc merece o melhor. bisous!
sex, 21/09/2012 - 15:46
#4
Concordo Poivre! Eu não tinha visto o relato da Vencedora.
Minha tendência a somente passar os olhos aliada a falta de tempo me faz perder relatos realmente compensadores que nos faz agradecer e nos dão ânimo!
Vencedora foi bom ler seu relato, que vc siga sendo abençoada!
ter, 18/09/2012 - 17:47
#5
Ei Fefa,
Eu acho que o Austra tem toda razão, entre em contato com o CVV,
É gratuito, tem profissionais capacitados para atender pessoas inclusive em situações bem piores que a sua, estão ali para ouvir, ajudar e aconselhar, tudo o que vc precisa no momento.
Sabe, nós temos a mania de desconsiderar o que não é pago, legal é pagar e pagar caro! E perdemos grandes oportunidades! Esses lugares têm excelentes profissionais que gostam de gente, trabalham por amor para ajudar o próximo, então o efeito positivo é enorme.
E também por que não vai conhecer um grupo de jovens? Eu acho o máximo! Os grupos que eu observo fazem tantas coisas bacanas, tudo que te faria bem.
Eles fazem festa, viajam juntos, estipulam alguns para ensinar os outros, planejam para ajudar pessoas carentes, todo final de semana tem uma atividade diferente, fazem grupo de dança, teatro, musica, tudo gratuito! E quando é pago e tem algum em dificuldade, eles criam rifas, etc para que o amigo não fique de fora! E não tem nada de carola! Muito pelo contrário, são jovens em prol de coisas boas!
Eu vejo e observo o grupo de jovens da igreja católica e dos centros kardecistas, mas sei que as igrejas evangélicas também têm, veja qual delas vai com o seu jeito de viver, vá até lá, converse, conte ao responsável como está se sentido, não precisa entrar em detalhes se não ficar a vontade, tenho certeza que vc será bem recebida!.
Só mais uma alternativa para te ajudar.
sex, 21/09/2012 - 13:42
#6
Fefa,tens algum email que podemos nos falar?
sab, 22/09/2012 - 12:07
#7
Complicada sua história, entendo seu sofrimento.
Bem, não li todos os posts, mas, há algumas coisas que vc deveria fazer.
Para começar pense que vc não quer ter a vida que seu pai tem, que vc nunca use drogas.
Vc já faz coisas muito certas como cuidar de vc, da sua vaidade, fazendo sua depilação, suas unhas sozinha.
Vc deveria conversar com seu pai e dispensar a tal diarista, fazer todo o serviço da casa, desde que essa grana vc pudesse utilizar, seja para comprar comida ou coisas para vc.
Vcs levam uma vida sustentada pelo seu padrinho que não condiz com suas condições.
Não é porque mora em Ipanema e estuda em colégio particular que não pode procurar um emprego.
Seja forte, pelo que vc relatou vc é madura pela sua idade e pense que vc tem a vida toda pela frente, não siga o caminho de seus pais.
Vc tem algum parente que tenha contato? Se tiver peça ajuda.
Vc tem todos os motivos para desistir de vc, mas, não desista.
Já ouvi histórias de pessoas como as suas e que hoje estão bem.
Certa vez assistindo aquele programa da Xuxa (minha filhinha ama) ouvi um depoimento de uma mulher que foi abandonada pelo pai, a mãe era drogada, tentou abortar ela 2 vezes e quando ela tinha 3 anos a mãe tentou matá-la provocando um incêndio.
Mesmo assim ela disse que lutou, estudou e hoje está bem, casada, com filhos e muito feliz.
sab, 22/09/2012 - 12:13
#8
Esqueci de comentar com vc uma coisa, não sei se vai servir para vc, mas, para mim sempre me ajudou.
Eu tive um câncer quando adolescente e descobri muito tarde, infelizmente 4 médicos me desenganaram e apenas uma médica disse que mesmo sem chances iria tentar prolongar um pouco minha vida.
Eu estive muito perto da morte, sofri dores tão terríveis que eu me jogava no chão as berros e pensava: acho que não vou suportar.
Passei por tratamentos dolorosos e cheguei a pesar 30 kgs medindo 1,65 cm.
Pois bem, hoje estou aqui hehehehe.
Formada, casada, tenho uma filha linda e sou muito feliz.
Tudo o que passei me ajudou a nunca reclamar de alguma dor, de nunca achar que algo está perdido e de nunca deixar que alguma tristeza tome conta de mim.
Eu jurei para mim mesma e juro até hoje que nada e nem ninguém vai tirar minha felicidade.
sab, 22/09/2012 - 18:47
#9
Roberta
Muito bom teu relato. Quando nosso mundo é tão pequeno, tendemos a maximizar os problemas. Parabéns pela luta e esforço.
Fefa
Comecei a trabalhar no comércio antes dos quinze anos e estudava á noite. Não caiu nenhum dos meus braços e pernas. Perdi minhas festas, passeios com amigas e viagens. Mas desde muito cedo aprendi a ser independente e batalhar pelo o que eu quero. Existem estágios remunerados de meio expediente que empregam pessoas sem experiência.
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Cara Fefa, quando não se pode mudar as pessoas (o que sempre acontece), a melhor estratégia é mudar a si própria. O que você está precisando é de uma MUDANÇA DE ATITUDE. Prefere ficar a vida toda sendo escrava de seu pai/padrinho ou se aventurar a ter vida própria. O medo da liberdade te assusta? Você acha que se tiver as rédeas da sua própria vida nã vai saber o que fazer dela? Olha, uma coisa eu te digo, se você resolver trabalhar e enfrentar todos, vai perder grande parte dessas pessoas que se dizem suas amigas. E sabe porquê? Porque elas não são de verdade. Pode ter certeza. Muitas vezes quando as pessoas que deveriam cuidadr de nós e nos orientar são negligentes ou ausentes, pode ter certeza que Deus ou avida, como queira, se encarrega de colocar outras em nosso caminho que fazem muito mais e melhor por nós.
Eu entendo sua angústia, pois sai de casa aos 14, porque minha mãe casou com um cara que tinha uma família que não aceitava negros (eu sou parda). Por isso ela me batia muito e diziam para todos que eu era uma sobrinha e babá de minha irmã. Meu padrasto sempre foi muito bom pra mim. Nessa época minha avó queria me casar à força, para eu sair daquela situação. Eu fugi de casa. Passei fome, dormir na rua. Só não virei prostituta, drogada ou marginal acho que porque nunca tive tendência pra isso. sabe o que fiz? Fui trabalhar em casa de família. E principalmente estudar. Lembro que quando eu morava com minha mãe gostava muito de ler, mas ela me proibia dizendo eu não tinha futuro, que nunca ia ser alguém. Pra ir lavar a louça ou limpara a casa, etc. Então eu lia escondido. Nossa, como era gostosa essa sensação. Já que minha vida era tão ruim, me deleitava com as estórias dos livros. Era minha válvula de escape. Mas sobrevivi. Sair daquela cidade, com a ajuda de outras pessoas que nem me conheciam, mas que mesmo assim me ajudaram muito. Depois encontrei outras pessoas maravilhosas. Então, hoje, eu não tenho medo do desconhecido, das mudanças, da vida... Porque eu sei que sempre vai dar tudo certo, pode acreditar e fazer por onde!