Boa tarde !

Sou divorciada, 55 anos, há quatro anos tenho um relacionamento com um homem, 65, também divorciado.

Durante um ano moramos juntos, mas não deu certo porque temos ponto de vista diferentes e isso causou um desgaste no nosso relacionamento, comecei a sofrer com as atitudes dele e cabei voltando para minha casa, mas o relacionamento continuou e as desavenças também.

Do casamento, ele teve quatro filhos, desde que o conheço nunca os vi, e, tão pouco, falei com os filhos , nem ele. A família desse homem sempre gerou em torno da mãe, os dois criaram um mundinho só deles. O resto é o resto.

Como sou uma super mãe, vivia inconformada com esta situação, ou seja, com a relação do pai – filhos, um dia descobri como entrar em contato com o filho mais velho, se ele sabia o endereço dos filhos nunca me disse, e também não os procurava.

Não pensei duas vezes, escrevi para o filho, mandei notícias do pai, expliquei a relação que tinha com o pai, enfim, disse que eu gostaria muito de conhecelo e também os seus irmãos. Ele me recebeu bem, foi educado e até trocamos mensagens durante algum tempo. Falei com o meu companheiro sobre o contato e sempre incentivando os dois a se encontrarem e procurar os outros filhos.

Um dia, o milagre aconteceu, pai e filho se encontraram e dali em diante eles ficaram amigos. Fiquei feliz por isso.

Teria ficado mais feliz, seu tivesse tido a chance de compartilhar essa alegria, porque só soube do acontecimento ( nós moramos distantes), por acaso, em algumas mensagens o filho me contava sobre o encontro deles, os primeiros contatos foram na casa da avó paterna, depois na casa do filho, mas eu nunca estive presente nem em pensamentos.

Por outro lado, a avó que durante esses anos todos se fez de morta, nunca deu apoio nenhum para que isso acontecesse, muito pelo contrário, as vezes frequentei a casa dela só ouvia ela relatar coisas ruins sobre os netos, fazendo com que a distância entre eles ficassem cada vez maior, é a prioridade em todos os sentidos.

Não preciso dizer que não gosto da “sogra”, e não é só por isso, ela é manipuladora, e, numa discussão com meu companheiro há um tempo atrás eu disse isso a ele, que guarda até hoje a magoa pelo meu desabafo a respeito da mãe.

Por esta razão, ultima semana passada, o filho enviou ao pai um convite para inauguração de um evento onde ele participa, não mandou para mim, até porque faz algum tempo que ele não entra mais em contato comigo, eu não sei porque. Mas fiquei surpresa que na sua ultima mensagem ele me perguntou: - que tipo e relacionamento tem com meu pai? Eu respondi outra vez – o mesmo que disse no primeiro contato, ele não entrou mais em contato comigo.

Voltando ao acontecido de semana passada, ele me mostrou o convite e disse: - Eu vou! Retruquei: - vamos juntos! – Ele disse:- não, vou levar minha mãe. Coloquei o pé na parede e disse: - se você for, eu vou. Passou um tempo, ele me falou, acho melhor não ir. Ok.

O evento foi no ultimo domingo passado, no sábado, nós saímos, passeamos, almoçamos juntos, coisas que fazemos todo fim de semana. Há noite, sem que eu menos esperasse ele disse: - amanha vou viajar! Como assim? Disse eu.

Meu filho me ligou ontem à noite e eu disse a ele que vou na inauguração. Falei :- então vamos juntos, torci muito para que voces vivessem assim, felizes. Quero participar dessa alegria. A casa caiu. Mas não arredei o pé. Depois de muita briga, ele acabou não indo. Mas o fim de semana foi péssimo.

Todavia, sei que no próximo mês ele irá e vai levar a mãe, para eles, avó e netos, eu não existo.

Não sei qual o meu lugar nessa relação. Estou sempre no banco de reservas, nada é compartilhado comigo, nunca sei de nada. Ele acha que isso é normal, que a mãe é prioridade em qualquer circunstância.

Em contra partida, ele sempre participou dos eventos da minha família. Inclusive formaturas, onde o ex também está presente e a gente fica numa situação constrangedora. Mesmo assim, nunca deixei de convida-lo e ele não deixou de ir.

Gosto do site, acho que voces são sensatos e sinceros.

Então, me respondam, por favor, qual o meu lugar nessa relação?

Obrigada.