Eu odeio esse clima de fim-de-ano.

Eu acho que as pessoas idealizam e dramatizam muito os finais de ano. Tratam como se fosse um \"recomeço anual\" de tudo, como se fosse uma espécie de \"renascimento\", quando, na verdade, são só números: um ano termina, o outro começa.

Quem era mau caráter até 31 de dezembro, não vai renascer decente no dia 1º de janeiro.

Quem tava devendo a alma no último dia do ano, não vai acordar dia 1º de janeiro com suas dívidas quitadas, salvo se ganhar a mega-sena da virada.

Quem se arrastava sobre a terra tal qual um VERME até dia 31 de dezembro, tamanha a carga dos seus pecados e da sua existência miserável, não vai acordar no dia seguinte absolvido, de cabeça erguida, livre e leve.

Continuará sendo o que sempre foi, um VERME, nada mais do que isso. E tá cheio desses por aí...

Isso pra não falar nas viradas de década ou século, como foi em 2001, quando essa questão beirou a histeria coletiva.

Evidentemente que muitos desses sentimentos são incentivados pela mídia oportunista e pelo consumismo despudorado que vemos hj em dia.

No mundo de hj, onde o mais importante é o dinheiro, nada mais natural que essas suprestições sejam utilizadas para incentivar o aumento do consumo e a histeria por fórmulas milagrosas que prometerem transformar o lixo humano existente até 31/12 em um amontoado de virtudes que se pretende durem para sempre.

Mas logo segue o ano após o dia 2 de janeiro e tudo volta ao normal. Todas as virtudes apregoadas como anexas ao ano-novo acabam se apagando porque, no fim das contas, o que vale é a lei da selva que impera na nossa sociedade.

O dinheiro manda, não pede.

E segue o baile até o mês de dezembro, quando novamente todos vão fazer promessas eternas de não mais pecar, de emagrecer, de ser bonzinho e etc.

Por isso, reitero: não fico triste com as festas de fim de ano. Fico até um pouco mais animado, porque há alguns encontros interessantes e porque as festas realizadas até que são legais. Em família ou não. No mais, pra mim é só uma troca de números (um ano pelo outro) regada a foguetório, bebidas e muita superstição. Engane-se quem quiser.

E porque até que me divirto observando essa histeria coletiva pela expiação dos próprios pecados que ocorre até a virada do ano, mesmo sabendo que a partir de 2 de janeiro tudo voltará à normalidade absurda de um mundo onde se tolera que crianças morram de fome e outras barbaridades com as quais já nos acostumamos.

O baile vai seguir, mas ao menos dá para dar umas risadas.

em resumo, é o que penso, respeitada a opinião alheia.

Eu adoro dezembro. Adoro o clima de final de ano. Praticamente viro criança novamente e fico esperando o Papai Noel!

Hehe, dessa vez não com os brinquedos, mas com a benção de poder encontrar a família que está longe, rever minha terra natal, poder acalmar corpo e mente e enxergar as coisas com menos urgência.

Sou feliz porque sempre consegui programar um descanso (férias), ainda que curto, para essa época.

Seres humanos precisam de marcos, de referências, e acho que o simbolismo dessa passagem tem, sim, importância para nossa historicidade.

Perfeito Júpiter.

A maioria das pessoas espontaneamente criam super-expectativas (mudanças radicais, felicidade exacerbada, consumo desenfreado, correrias, prestar contas...) e se frustram de não cumprí-las. É só uma data, a simbologia quem aceita ou não somos nós.

Neutro!

Todos os problemas são superado pelo chester e a lentilha com linguicinha!