hehehe... povo amargurado..

Mas é bem por aí. Fico bastante estressado pela compra de presentes e pelo gasto imenso que eu tenho a cada final de ano... Pra ajudar tenho 2 aniversários no início de janeiro (pai e namorada... aff)

No último ano novo, inventei de tentar passar a virada sozinho... apenas escrevendo algo útil pro meu blog. Nossa! Fui taxado de depressivo e doente... tudo pq há a obrigação de estar unido com tudo e todos. Algo que sou contra.

Nesse período sinto uma necessidade maior de introspecção, o que contribui muito para a criação de minhas crônicas, porém é tão difícil...

Fora que há de conciliar as desavenças de família... Graças a DEUS minha família não tem problemas, porém ter uma namorada de pais separados sempre envolve muita tristeza, afinal há um jogo, de chantagens, imenso em torno de um(a) filho(a) nessa situação... Isso me abala um pouco.

Fora isso, é festa, cartão de crédito, sidra de maçã, tios bêbados e muita comida... o que me mais me preocupa! hehehe

Eu sempre gostei, acho que as pessoas ficam mais emotivas, carinhosas e se preocupando com os outros (pena que isso não ocorre o ano inteiro, de qualquer forma é melhor do que nada...).

Quanto ao stress nada que um pouquinho de planejamento não resolva (afinal há natal todo ano, não tem porque agir como se fosse uma coisa atípica), em novembro já comprei todos os presentes (ainda bem que tenho família pequena e todos se dão maravilhosamente bem). Já perdi pai e uma irmã, penso neles com saudade, mas sem amargura, eles sempre farão falta em todas as ocasiões, não só no final de ano.

Faço aniversário dia 31/12, então imagina uma festa emendada na outra (fora o fato de ninguém ir na minha festa e eu quase sempre ganhar um só presente, adoro ter nascido nessa data, entro no ano novo até com a idade diferente).

Obviamente tem coisas que eu não gosto, tumulto no trânsito, músicas de natal da Simone em todos os locais, mas acho no geral acho o saldo é positivo...

Não considero o que eu sinto amargura, mas uma nostalgia doída, tristonha, blue...

Meu Natal não era consumista. Ganhava presentes, sim, mas o que mais eu sinto falta é do tio falecido que saía comigo para comprar o pinheiro e que organizava coral das crianças para cantar músicas natalinas na noite de natal...Sinto falta da tarde em que enfeitava aquele pinheiro com uma dedicação e um esmero de darem gosto! Tenho saudade da presença de tantos parentes queridos que se foram...Sinto falta de ter crianças na família, atualmente não há nenhuma! Sinto falta de ter alguém disposto a se vestir de papai noel, e de pessoas que valorizem essa brincadeira...

Sobre o Ano-Novo, sinto saudade de passar na casa da praia do meu avô, já falecido. A casa já foi vendida... Sinto falta de cantar \"Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize, no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde prá dar e vender! Para os solteiros, sorte no amor, nenhuma esperança perdida...Para os casados, nenhuma briga, paz e sossego na vida!\" Minha avozinha, já falecida, costurava uns saquinhos de lentilha para que colocássemos na carteira, a fim de trazer dinheiro no ano que chegava...

São tantas lembranças boas... E agora, nada disso acontece mais. Passo as festas com a família do marido, que é outro clima totalmente diferente...

Penso que, o dia que tiver meus filhos, quem sabe volte a ter essas festas mágicas que um dia tive...

Eu costumava amar festas de fim de ano. Atualmente vivo num limbo dos happy hollidays!

No Ano Novo de 2004 para 2005 passei a meia noite na vaso sanitário, me deu uma dor de barriga inadiável, emergencial, mesmo. Sem figura de estilo, foi um ano bem isso que vocês estão pensando, um dos piores da minha vida.

Do Natal tenho saudade dos tempos de criança, da dúvida mortal se Papai Noel existia ou não, verdadeiro terror que os adultos cometem com as crianças, ahahah.

Saudade de um jingle de um comercial para a TV das Casas Masson que tocava todo o mês de dezembro.

Quando temos filhos, passamos alguns valores e sentimentos a eles. Manter a fraternidade e a esperança num ano que inicia são obrigatoriedade.

Lembro de um Natal em Passo Fundo, chovia muito e meu bisavô tinha matado uma galinha (em fazendas se criava para consumo), mas ela não morreu direito e ficou pulando pelo pátio. Meu irmão me assustou dizendo que a galinha estava avisando que se fosse comida, não viria o Papai Noel. Eu, muito ingênua, passei muitos anos sem comer nada de frango.

Dá saudades.