Nary... Eu sempre fui de me calar... Mas ficava contrariada... Acabava descontando na comida ou ficando triste e jururu pelos cantos... Na terapia, a psicóloga me fez entender que sentir medo, dor, raiva, alegria, entusiasmo... é natural, próprio do ser humano... Frustração também...

Eu entendo perfeitamente quando você diz que ñ responde porque tem medo da resposta. Mas assim, a vida ñ nos priva de coisas desagradáveis, muitas vezes temos de passar por situações assim para sabermos com quem estamos lidando e como que a outra pessoa nos vê.

Pisa na jaca de vez em quando. O que a outra pessoa falar pode ser que te machuque, mas pode ser que não.

De qualquer forma, os outros também tem de entender que temos sentimentos.

Nary,

Pela forma de vc expressar suas opniões, percebi que vc é uma mulher de poucas palavras. Acho vc bem objetiva.

Quando acontece algo que me deixa chateada, eu tenho que falar. Como eu sempre digo, "falo na lata" doa que doer.

Meu namorado reclama da minha forma de ser, pois para ele eu sou "brigona".

Eu disse para ele que morrer do coração não vou, porque eu desabafo mesmo. E eu acho que esse medo que vc tem, tem solução é vc exercitando a falar o que sente para as pessoas que tem ofendem. Não leve desaforo para casa. Eu sempre pensei assim mesmo que eu fique como a "chata".

As pessoas não tem o direito de falar mal de vc e denegrir a sua imagem. As coisas não são assim. Você não pode ter medo de falar umas poucas e boas para uma pessoa que te ofende que te faz mal. Procure se impor para que acabe com essa palhaçada.

Muitas pessoas falam que o silencio faz com que a pessoa, que foi ofendida, a dar a volta por cima da situação. Dizem também que perde a graça quem a foi o provocador. Mas não são todas as pessoas que desconfiam que estão sendo inconvenientes em fazer comentários dá vida alheia.

Para isso dar um basta, é necessário que vc coloque para fora o que sente, que desmascare essa sua cunhada.

Em relação aos podres dela, com o tempo, as mascaras caem e um dia seu irmão vai saber o tipo de MULHER VAGABA que ele se envolveu.

Eu sempre fui de engolir e ficar um tempão sem conseguir nem olhar para quem tinha me feito ou falado o que não gostei.

Com o tempo vi que quem ficava mal era só a abestada aqui. Ouvia calada, remoia calada e quem tinha falado nem lembrava mais. Ou seja, um passo para adquirir uma gastrite, ou até uma doença psicossomática mais grave.

Quando comecei a dar aulas, isso já vai fazer 9 anos, tive que aprender na marra. Nem sempre minhas crianças, como eu os chamo embora sejam alunos de curso universitário, são flores. Para me fazer respeitar muitas vezes o confronto foi e é necessário. Tipo criança testando limites dos pais, por isso os chamo carinhosamente de minhas crianças.

E aprendi fazendo. Hoje eu falo. Mas como minha natureza é ser mais observadora do que falante consigo analisar algumas situações em que o desgaste é prejudicial e vai me meter em confusão desnecessária.

Meu conselho: comece com pessoas conhecidas, que vc sabe que lhe amam e respeitam. Mesmo que haja confronto e palavras mais ásperas, no fundo saberá que elas só querem o seu bem e tudo isso é resultado do calor do momento.

O mundo lá fora não poupa mesmo. As pessoas não querem saber se vc saberá lidar ou não com o que ouvir. Comece em casa, comece com pessoas amigas.. devagar e com firmeza. Se lhe magoarem e forem injustas nas palavras, DIGA. Isso será um treino para o resto da humanidade.

Não dê o passo maior do que vc pode, mas dê. Seja de que tamanho for, acho que isso é o mais importante.