Viena – Áustria

dudy
Postado em:
27/04/2010 - 16:24

Não estava em meus planos conhecer Viena, mas como fazia parte do roteiro, tudo bem...

A histórica e imperial cidade, me surpreendeu, é bela e limpa, mas as pessoas deixaram a desejar, um tanto grosseiras.

Vale iniciar fazendo um citytour: passar pelo Parlamento todo em estilo romano, pela casa de Mozart, de Sigmund Freud e pelo Parque Prater com a roda-gigante mais antiga do mundo.

Visitar o Palácio de Schörnbrunn deve estar no roteiro, muito parecido com o de Versalhes, com jardins lindos e fontes, era a casa de verão da Imperatriz Elizabeth, mas conhecida como Sissi.

Os Jardins de Belvedere também são encantadores, bom era sentar por lá e ficar horas admirando sua beleza e o colorido de suas flores.

Descobri neste tour que o rio de Viena, o famoso Danúbio, não é azul como na composição de Strauss Filho, e sim verde.

À noite, coloque sua melhor produção e vá assistir ao elegante Concerto de Valsas Vienenses, com as composições dos mais importantes de Viena: Amadeus Mozart e Johann Strauss, com tenores e bailarinos, um lugar clássico, com lustres enormes de cristais e uma orquestra afinadíssima, um programa diferente e bacana, por 25 euros. Você pode comprar na hora, os guias sempre dizem que não dá e cobram o dobro do precinho, mas pode ir direto, o metrô funciona super bem por lá.

Na época que fui, estava tendo uma amostra das obras de Picasso na Albertina, vale conhecer, sempre há algo cultural rolando por lá. Tire dia para caminhar pelos jardins de Höfburg, um complexo com vários palácios que foram transformados em museus, as dependências de Sissi e Rosseau estão lá intactas.

Adorei visitar o Museu da Sissi, que fala do mito e da verdadeira Elizabeth, uma jovem bela, que se tornou escrava de suas escolhas, casou-se com Rosseau aos 16 anos e ele tinha 23.

Cansada das formalidades da corte, da falta de tempo do marido e da ausência de liberdade, tornou-se muito infeliz, não cuidava de seus filhos, era neurótica pela sua estética: uma cintura de 52 cm e um peso de 49kg, que eram mantidos a duras dietas... depois de um tempo, não se deixou mais fotografar, queria permanecer bela para sempre.

Sua depressão, apesar das inúmeras viagens e das poesias inspiradas em discursos socialistas, teve fim aos 61 anos. Em 1898,  Sissi, a imperatriz da Áustria, foi assassinada por um estranho em plena rua com uma daga, o final de seu tormento.
 
Os quartos, as salas, o escritório onde Rosseau atendia seu povo: 1,5 milhão de pessoas, a mesa de jantar, os banheiros, tudo muito clássico, com rococós, tipo Luis XV, conservado para contar a história. Os vestidos, réplicas das jóias usadas por Sissi, as pratarias, as louças, tanto detalhe, tanto luxo, um prato cheio para quem curte história, eu amei!

Outro programete é passear de carruagem pelas ruas de Viena, daquelas antigas, como num filme de época, com cavalos imponentes e um cocheiro à caráter, chiquetérrimo! Visite também a catedral em estilo barroco e o relógio que está em uma passagem ao ar livre.

Ao passear pela “peatonal” principal Karntner Strasse, verá homens e mulheres alinhados, muitos cafés e artistas tocando algum instrumento em troca de moedas.

Não deixe de provar os quitutes característicos de lá: o Strudel e a torta Sacher.

Na volta ao hotel, ainda no metrô, encontramos um casal de brasileiros, ele trabalhava na Embaixada, falaram horrores de Viena, que há muitos roubos, drogas, estupro e pedofilia, pediram para que tomássemos cuidado com nossas coisas, disseram que as pessoas falam tanto do Brasil, mas que por lá é bem pior.

Ficamos apavorados, ainda bem que foi no final do dia, senão teríamos passado o dia apreensivos.

Então, fica a dica, pode turistar à vontade, mas fique ligado na suas coisas e arredores.

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