Recife - Brasil

precisofalar
Postado em:
04/08/2009 - 16:52

Dudy

Denise Missaka

Hoje a dica de viagem é de Denise Missaka, artista plástica, arquiteta e psicóloga.

 

Fugindo do inverno, em pleno julho resolvi dar uma chance ao calor do Nordeste.

Dizem que chove nesta época e é verdade, mas o sol sempre aparece! Chegando ao Aeroporto você sente a diferença, Recife parece abafada, porque é uma cidade úmida. Em julho uma brisa refresca o calor e deixa a temperatura em torno de 26 graus e com um ventinho agradável. No verão, às 5h da manhã a temperatura nos termômetros chega à 32 graus.

Quem conhece esta cidade sabe que a orla está há 10 minutos, no máximo, do Aeroporto, e a praia é o caminho obrigatório.

Andando pela Avenida Boa Viagem, se vê de um lado, um mar verde esmeralda, e do outro, uma série de prédios de arquitetura moderna e altos. É o bairro dos hotéis, dos restaurantes, dos botecos, dos barzinhos e da badalação.

No mar, uma faixa de pedras naturais, chamada recifes, faz diversas piscinas de água salgada, transparente e quente, e mostra o quanto vale a pena conhecer este paraíso. A areia é fina e branca, e basta colocar os pés que encontramos o que desejamos para nos “refastelar”. Tem camarão, queijinho na brasa, biquíni, canga, bijoux, camiseta, chapéu, boné, sorvete, côco, refrigerante, caipirinha, pratos de peixe feitos na hora, o que você imaginar, enfim, pode-se esquecer a alma, que lá você encontra como comprar.

A cozinha regional é imensa, uma variedade de frutas como: pitanga, acerola, graviola, mangaba, cajá, etc.; pratos salgados como arrumadinho (carne seca desfiada com feijão de corda e molho vinagrete), casquinha de caranguejo, tapioca (a original tem apenas côco e manteiga), queijo de coalho na brasa, agulha frita, entre outros. Pensam que acabou? Imagina! É uma infinidade de comidas de influência ora portuguesa, ora africana... Hummm... cuscuz de leite de côco, canjica, munguzá, bolo de rolo, bolo Souza Leão; acho melhor experimentar pessoalmente e esquecer qualquer regime.

Mas, o calor compensa, porque você transpira muito e anda bastante. Sugiro a feirinha de Boa Viagem com lembrancinhas de barro, bordados, couro, palha e etc.

Recife, não é só Boa Viagem, tem outros bairros interessantíssimos como Casa Forte, onde se encontra o Museu do Homem do Nordeste (Fundação Joaquim Nabuco), a casa de Gilberto Freire (Apipucos), lugar onde atualmente mora Ariano Suassuna, bairro nobre e de intelectuais, com casarões datados de 1800, onde também existe uma infinidade de barzinhos com música ao vivo.

Pertinho do Porto, tem o chamado Recife Antigo, uma área revitalizada recentemente, transformada num pólo cultural e de lazer, e que abriga uma série de construções do séc. XVIII maravilhosas. Tem galerias, artesanato, shoppings diferentes, o Marco-zero com uma pintura de Cícero Dias (famoso pintor pernambucano) e uma escultura imensa de Brennand de cerâmica e bronze, em cima dos recifes naturais.

O passeio de catamarã (barco tipo balsa) pelos rios Capibaribe e Beberibe são fundamentais para saberem que estão na “Veneza brasileira”. Dizem, que “o Capibaribe e o Beberibe se unem para formar o Oceano Atlântico”. Vá discordar!?

Imperdível conhecer as pontes de Recife e a praça onde fica o teatro Santa Izabel.

E lá, bem no centro, tem espaços culturais como o MAM, a Casa da Cultura (1868, antiga cadeia), igrejas diversas (antigas), Fortes do Brum (1626), hoje um Museu; e das Cinco Pontas (1630), Mercado de São José, onde se encontra tudo o que você imagina do nordeste.

Oxente, como poderia me  esquecer dos outros bairros, como Várzea, onde encontram-se 2 Museus fantásticos, o primeiro chamado Oficina Brennand, um espaço repleto de esculturas, com café, restaurante, Academia (espaço de pinturas e desenhos), apresentando a obra de um dos maiores artistas brasileiros, Francisco de Almeida Brennand; o segundo um palácio medieval, com uma coleção impressionante de armas medievais, quadros de Franz Post, imensas esculturas originais de Rodin, Botero entre outras, com uma estrutura de lojinha, e cisnes negros e brancos soltos pelos jardins.

Recife é diferente, é original, é conhecida ainda como a cidade dos artistas.

Pertinho, 10km de Recife, Município vizinho, se encontra Olinda (1530)! “Oh Linda situação para se construir uma vila”! Suas ladeiras são conhecidas não apenas no carnaval. Olinda não tem apenas bonecos gigantes, blocos e frevo, é uma cidade conservada e deslumbrante aos olhos de qualquer ser humano. As casinhas são coloridas, com beirais e varandas. Uma infinidade de artistas moram lá, desde Alceu Valença, Gilvan Samico, entre outros.

O artesanato aparece em todos os lugares, e a vista é inesquecível do alto da Sé de Olinda.

Igrejas são muitas, e importantes no cenário histórico nacional, não é á toa que Olinda se tornou Patrimônio Cultural da UNESCO. As ruas são de paralelepípedos, e as ladeiras chegam a ser chamadas de “ladeiras da morte”, por que? Vá de sandália rasteira e saberá!

Mas vale cada olhar, cada suor embaixo do sol escaldante, cada vista, cada sentido e perfume do mar.

Ôxe, o que está esperando para conhecer Recife e Olinda? Vai esperar o carnaval chegar?

Para completar as dicas:

Lugares imperdíveis em Recife:

- O Boteco - no 2º Jardim (Boa Viagem)
- Bargaço - Pina
- Guaiamum Gigante - 2º Jardim (Boa Viagem)

- Casa dos Frios - Graças - (bolo de Rôlo )
- Café São Brás (comida típica - ceia regional) - Parraxaxá - comida regional - 1º Jardim (Boa viagem)

- Alto da Sé - Queijinho coalho na brasa e tapioca

Olinda
- Restaurante Chez George (pracinha )
- Restaurante Oficina do Sabor - Rua do Amparo,335
- Papa capim - tapiocaria

Quer dançar?
Nox - Av. Domingos Ferreira.

Hotéis
Recife Palace Hotel - 5*
Marante Plaza hotel - 3*

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