Iniciamos a viagem, minha família e eu, com dois dias inteirinhos de chuva forte, que tínhamos que arriscar andar assim mesmo pelas ruas ou aceitar a condição de ficar mofando no hotel.

Obviamente optamos por alugar roupas para esquiar (leia-se frio e chuva também) e então encarar de jeito as condições climáticas para aproveitar de qualquer maneira e conhecer um pouco do lugar.
 
San Carlos de Bariloche está rodeada por um Parque Nacional e às margens do lago Nahuel Huapi, o que resulta numa paisagem fotográfica fantástica.

A cidade possui uma arquitetura conhecida como ‘andina’, que compõe a mescla de pedras, madeiras e lâminas negras nas coberturas das construções, tudo muito com jeito de Suíça – lindo demais!

Uma boa idéia pra conhecer o local, é iniciar um reconhecimento de área pela Praça do Centro Cívico, um conjunto arquitetônico onde funcionam os órgãos oficiais e a partir desse ponto, bater pernas no centro.

Por lá você encontrará um comércio forte com todo tipo de variedade de produtos, principalmente em roupas que abrigam a gente do frio louco que faz e muitas chocolaterias/cafeterias com guloseimas de deixar qualquer um salivando...

Aproveite sem culpa e depois caminhe mais um pouco pra desgastar as calorias recém adquiridas – os pecados da gula são tantos e variados, que vale a pena ceder.

Não deixe de conhecer a Mamuschka, uma loja/fábrica de chocolates, onde eu devorei sem piedade um em especial – recheado de doce de leite e amêndoas – uma perdição total!

Após o período inicial de chuva, com muitas roupitchas encharcadas e lanchinhos a cada esquina para aquecer o esqueleto, Bariloche nos brindou com uma grande nevasca.

Foi emocionante, estávamos jantando num restaurante maravilhoso, todo envidraçado chamado Tarquino e quando olhamos, a neve caia em abundância sobre o teto de vidro, corremos pra fora, que nem crianças pra olhar os carros, gramados e ruas ficarem cobertas de branco.

Lindo, lindo, lindo! No dia seguinte, pela manhã, a neve continuou caindo, em pequenos flocos branquinhos, lentamente... e não tem palavras pra descrever a sensação de andar pelas ruas, nevando em pleno centro da cidade e assistir in loco esse espetáculo acontecer.

Agora, as dicas para aproveitar cada minutinho nessa terra, que mais parece um conto de fadas, cheia de encantos e romances no ar.

Passeios importantes que você não pode deixar de fazer:

- Circuito Chico para conhecer os arredores de Bariloche.

- Cerro Catedral, a 19 km da cidade, está localizado o centro de inverno/esqui mais importante e moderno da América do Sul.

- Cerro Otto, você sobe de teleférico até o ponto mais alto da montanha, onde encontrará uma cafeteria giratória com vista 360º dos arredores – paisagem magnífica.

- Pedras Brancas, se encontra no lado sul do cerro Otto e oferece vários entretenimentos para turistar, até mesmo um trenó que leva você até um refúgio no meio do nada, mas onde todos se encontram por lá.

- Isla Victória e Bosque de Arrayanes – na travessia de barco é um momento onde você poderá captar belas imagens até chegar ao bosque onde Walt Disney se inspirou para a produção de seu filme ‘Bambi’.

- O passeio à Villa La Angostura é feito através das montanhas, sempre ladeando o lago Naheul Huapi, dizem que é umas das paisagens mais fantásticas que tem por lá, eu infelizmente não consegui conhecer.

Existem muitas outras opções bacanas, porém são lugares mais distantes e como o tempo já se esgotava, tivemos que fazer algumas opções...

A melhor época para visitar Bariloche é uma semana antes do final de junho onde os preços não estão ainda em alta e a temporada de inverno está recém iniciando, mas você consegue valores bem atrativos, tanto na parte aérea quanto na terrestre em agosto também, quando a neve já socou e você ainda poderá arriscar esquiar.

E..., um conselho, seja rata de internet pra pesquisar os melhores preços, tanto de aviões, quanto da rede hoteleira, assim seu passeio ficará muito mais econômico e você vai aproveitar igual.