Oi gente, tô meio lesa hoje, acho que é o calor, pressão baixa talvez.

Só sei que olho pro papel e não consigo pensar em nada.

Esse período de férias+trabalho me deixa zonza, queria jogar tudo pro alto e fugir. Dá uma sensação de não conseguir fazer nada direito, porque a cabeça tá sempre no lugar errado. Se descansa pensa em trabalho e se trabalha pensa em férias.

Acho que existem 2 “eus” dentro de mim, uma que quer e outra que não quer.

Uma que quer andar linda e maravilhosa no salto alto e outra que quer ser apenas linda de havaianas.

Uma que gostaria de lutar por causas nobres, justiça e um mundo melhor e outra que prefere ficar quietinha no seu canto, preservando e cuidando apenas da harmonia do seu lar.

Uma que gostaria de ser livre, voar pelo mundo, viver várias culturas, sem hora, sem compromisso ou prazo pra acabar. E outra que quer construir, firmar laços, se envolver em novos projetos e trabalhar, trabalhar,...

Bateu uma vontade de pegar minha antiga (pra não dizer velha) bici e sair pedalando por aí, sem muito rumo definido e foi o que fiz nesse último fim de semana.

Sabe aquela sensação gostosa do vento batendo no seu rosto, de se sentir liberta e solta – sem maiores compromissos, como se você tivesse de volta nos seus 12/13 anos?

É muito bom, maravilhoso e foi assim que me senti na minha ida sem destino certo para lugar nenhum, apenas uma adolescente. Porém na volta parecia que tinha somado uns cinquenta anos na cacunda.

Distraída e gozando cada instante do meu passeio, não percebi que o vento estava a meu favor, na realidade achei tão facinho pedalar depois de tanto tempo sem prática, fiquei contente - nem tinha que fazer tanto esforço.

No retorno, gente... parecia que eu estava carregando um jumbo e me encontrava a uns 15 km da minha casa – tive vontade de chorar ou chamar alguém pra me rebocar.

Orgulhosa como sou e não querendo demonstrar fraqueza l...

Andando pela praia nessa última linda e gloriosa manhã de segunda- feira (sentiram a vagabundagem da lindinha?) para um pequeno passeio com meu cãozinho igualmente mínimo (york) fui repentinamente abordada por uma senhora  – assim, sem mais nem menos.

Juro que morri de medo de levar um xixi porque sabia que estava cometendo uma micro infração, tinha evitado olhar a plaquinha que proibia a entrada de animais na praia.

Mas, aos poucos, fui ficando aliviada quando ela me contou com uma indignação sem tamanho que dias atrás quando estava passeando com seu cão viralixo (minha raça predileta) e uma outra fulana veio ao seu encontro com dedo em risque dizendo que ela era uma inconseqüente por trazer seu mascote à beira-mar.

Minha nova amiga – já estava íntima dela – respondeu com rispidez que seu querido viralata era desverminado, vacinado, adestrado (leia-se educado) e despulgado e perguntou se ela tinha todos esses requisitos para estar no mesmo lugar. Uau...

Existem duas mulheres - Ayaan Hirsi Ali e Suzana Vieira – elas, além de certamente não se conhecerem, tampouco tem algo em comum.

Uma, luta pelos direitos do livrearbítrio da mulher mulçumana e é cotada como uma das cem pessoas mais influentes do planeta, segundo a Revista Time.

A outra, além de ser carismática, é uma excelente e experiente atriz, muito conhecida na TV, principalmente por sua atuação em várias novelas brasileiras.

O que uma tem que ver com a outra, se vivem em mundos tão distantes, nortes tão diferentes? Nada, a não ser pelo fato delas dizerem o que pensam sem medo de ser feliz.

Em seu livro (Infiel), Ayaan conta que é condenada pelos seus compatriotas por expressar, com propriedade única, sua opinião sobre o Islamismo, Fundamentalismo e o Alcorão, ao ponto de ser condenada à morte e obrigada a se esconder. Possui um aparato tremendo de segurança que a acompanha até hoje.

Por outro lado,...