Um Modelo de Superação

maya
Postado em:
11/06/2010 - 16:53

Fiquei bastante impressionada com uma matéria que li recentemente sobre a trajetória de Luiz Tejon Megido, Mestre em Educação, publicitário, escritor e um dos mais conceituados palestrantes do país.

A vida do cara foi marcada para sempre quando, com apenas quatro anos de idade, sofreu queimaduras terríveis – sua mãe, fazendo render mais cera no fogão (costume de época), misturou-a com gasolina, prendeu fogo e na tentativa de se livrar da panela em chamas, jogou-a no jardim, o que pegou em cheio o rosto do então garoto Tejon – não fosse o socorro pronto de uma vizinha que assistia a cena, ele não teria sobrevivido.

A entrevista conta que ele passou por mais de cem cirurgias no período de oito anos, sendo que atravessou passagens pelo hospital que chegaram a sete meses de internação, lugar onde definiu como seu playcenter, já que não havia outra opção, procurou fazer a sua vida mais amena e feliz dentro do possível.

Ao se referir a essa parte de sua biografia, Tejon diz que “... A alegria é um processo que te leva ao êxito, à superação, e somente a tua criança te salva em um processo de superação”.

Minha admiração coube também à sua mãe, que pelo meu entendimento do texto, seria uma pessoa bem simples, sem muitos estudos, porém com uma visão pitoresca e sábia sobre a vida.

Quando o menino ainda nem se animava a deixar seu quarto, por conta de sua apresentação horrível, a mãe convidou-o para ir à feira e aproveitou para ensinar ao garoto a prestar mais atenção nas batatas: “a batata rosa é boa nisso, a branca para aquilo...”.
Na sua decodificação simplista, ela desviava a atenção do filho, enquanto pessoas falavam coisas medonhas sobre e para ele.

Com isso, ele aprendeu que teria que fazer alguns enfrentamentos na vida, e quanto mais cedo isso acontecesse, melhor seria e se prestasse atenção ‘às batatas’ conseguiria passar por cima de muitos preconceitos e com o tempo, teria sua casca mais grossa – mais ou menos imune a esse tipo de abuso emocional.

Se pensarmos que com o rosto totalmente desfigurado, parecendo mais um monstro do que um humano, o sujeito foi muito mais longe do que muitos bonitinhos com blá,blá,blás que desfilam pela mídia, teremos conquistado alguns ensinamentos preciosos.

Como ele mesmo afirma e eu concordo – você tem que sair da sua zona de conforto para crescer – claro que no caso, ele praticamente foi obrigado a isso, mas quando você realmente chacoalha o cabeção e foge da acomodação, tem tudo para desenvolver um ser mais criativo e pensador, o que pode revelar talentos ocultos.

A história mostra que a essência da vida, a solução de nossas mazelas, encontramos dentro de nós mesmos e que é preciso abrir nosso espírito para permitir o inusitado, o algo mais, o preenchimento de um vazio meio constante, que estamos sempre buscando.

Também é importante a consciência que nada vai garantir que nossas escolhas estarão certas, você sempre é quem decidirá o caminho, mas é somente vivendo a vida, que só se aprende, de alguma forma, também errando!

 

Maya

Maya

Postado em: 
14 de junho/2010