Eu e a Maya fomos ao lançamento do novo livro da Martha Medeiros, Fora de Mim.

Houve um bate-papo antes da sessão de autógrafos, onde a autora ventilou vários assuntos do seu cotidiano.

A abordagem que fez sobre o tema solidão foi bem interessante. Deixo minha livre adaptação sobre o que ouvi...

Há uma grande diferença entre a solidão “escolhida” e a solidão.

A “escolhida” é algo prazeroso, pois você está feliz por estar consigo, fazendo coisas que curte, por opção mesmo. Onde basta ligar para alguém e combinar algo, para deixar de estar só.

Ao contrário da solidão de alguém que não cultivou amizades, que por mais que se queira não tem para quem ligar, não há com quem se encontrar.

Os laços devem ser cultivados desde criança, é necessário manter os amigos da escola, da faculdade e tantos outros que se vai fazendo pelo caminho. Amizade dá trabalho, exige empenho, dedicação e doação, como o amor, aliás, ela é uma das faces do amor.

Tem muita gente que passa pela vida sem firmar e cuidar desses vínculos, às vezes, quando se casa até os descarta e acaba se perdendo num mundo de solidão.

Sentir-se “só” dessa forma deve ser algo extremamente doloroso, uma dor que pode ser sentida até no nível físico, uma tristeza difícil de explicar.

Porém, a meu ver, nunca é tarde para começar a desenvolver laços ou até retomá-los. Afinal, quando se segue um caminho, por algum período, os erros passam despercebidos e só vamos nos dar conta de que algo não vai bem, muito tempo depois...

Então: mãos à obra! Comece um curso, uma aula de dança, um grupo de leitura, invista nos relacionamentos. Convide para um happy hour, um chope, um cineminha... grandes amizades podem surgir a qualquer momento, basta uma afinidade, basta um pouco de boa vontade e voilà!

Tudo pode mudar, o dia de hoje exige um final diferente, faça!

Solidão, dá um tempo e vá saindo...
... de repente eu tô sentindo, que você vai se dar mal. (Sandra de Sá)

Dudy

Postado em:
01 de novembro/2010