Certa vez, há muito tempo atrás, a amiga, de uma amiga minha disse pra ela que eu tinha um quê de petulância. Pasmei! Afinal, não sou nada assim!

Na hora, fique p... da vida, como pode alguém fazer um julgamento sobre outro alguém, que mal conhece?!

Porém, como sempre, o episódio deu o que rodopiar na minha cachola...
Depois de digerir aquele sabor amarguinho e não verdadeiro, pensei melhor sobre o que a dita-cuja tinha falado.

Acho que a coisa pode ser mais ou menos assim...
Temos uma percepção de nós mesmos e queremos passar para os outros a nossa auto-concepção.

Porém, a visão que os outros têm sobre nós, pode ser distorcida (verdadeira ou não) de como a gente acredita ser.

Como, também penso que, dificilmente nos desnudamos, deixamos cair todas as máscaras sociais e representativas do que esperam de nós.
 
Se fizermos uma busca uterina honesta de como a gente pensa que é, de como os outros vêem a gente e finalmente como realmente somos, acredito que haverá conflitos bem perceptivos.

No cotidiano, trabalho, lazer, relacionamentos sociais etc.
Quem não muda um pouco conforme a ocasião?

Muitas vezes temos que ser políticos em determinadas situações, em que temos na verdade, a vontade de chutar o balde!
Somos desonestos ou simplesmente ficamos na tentativa de manter a educação em dia?!

Em outras circunstâncias, somos formais, pois a ocasião pede essa postura.

Enfim, ao nosso redor, somam muitas pessoas de diversos setores e assim, parece meio óbvio que, muitas vezes, tenhamos nossa apresentação de “ser” alterada.

Além disso, se nos transferirmos para o universo da web, a coisa vai muito mais longe ou talvez a imagem do que realmente somos (se nos mantivermos no anonimato) seja muito mais fidedigna.

Fica a questão aberta, pois é no mínimo interessante uma reflexão para o tico e o teco pensarem...

Eu acho que sou realmente aquilo que sou!?
O outro me vê um tanto diferente do que eu imagino ser.
E, como serei verdadeiramente, deixando cair todas as máscaras sociais e soltando todos os meus monstrinhos?

Ui, ui, ui... Bate até um real medinho!!!