Aprendi mesmo forçada, a conviver com muito pouco ou, para falar a verdade, somente com a roupa que estava no corpo.

É fato aquilo que se diz sobre o homem – todo o ser humano adapta-se a qualquer adversidade.

Todo o santo dia tinha que ser inventiva, para não ficar mucréia usando as mesmas peças de vestuário.

Agora, que já estamos quase no final da nossa jornada, vale tudo, até mesmo ficar sem nossos pertences e a gente aproveitar de qualquer jeito.

Confesso que estava, já no terceiro dia, muito apreensiva, mas meio conformada de não enxergar nunca mais as minhas coisinhas.

Gerou um transtorno e tanto, pois todos os carregadores de baterias estavam dentro dessas benditas perdidas, o que me obrigou a poupar constantemente energia, inclusive a da câmera fotográfica! Aff!

Fora esse contratempo, que só acontece mesmo com quem viaja, a coisa está andando maravilhosamente bem, na santa paz do Senhor.

No início da nossa viagem, admito que houve alguns  bate-bocas no convívio diário, entre eu e meu marido.

Ambos sempre juntos, era previsto.... mas com o decorrer da carruagem, fomos nos acomodando as circunstâncias e respeitando as nossas diferenças e o bom-senso prevalecendo.

Atravessamos quase toda a Toscana e falo de boca cheia: é uma das regiões mais lindas por onde andei.

Depois resolvemos conhecer a Costa Amalfitana, igualmente maravilhosa.

Nesse momento, em que escrevo, estamos em Málaga ainda, considerada capital da Costa do Sol, na Espanha.

Por aqui também, a paisagem é fantástica!

Nosso próximo passo é Madri, e de lá o retorno à casa. Que saudades de todos os queridos que deixei no Brasil. Viajar é muito bom, como também, a volta: é gostosa demais.

E, quanto as minhas malas? Acabaram de chegar!