Pata Branca

maya
Postado em:
02/03/2012 - 16:29
Ilustração: gettyimages

Arranjei um novo amigo, na verdade um pouco esquisitão, mas um parceiro legal.

Encontrei-o ao acaso, quase rastejando pela praia, totalmente acabado de tanto andar.

No momento em que fizemos contato visual, soubemos que nos tornaríamos mais íntimos...

O Pata Branca têm os pelos negros e as quatro patas manchadinhas de branco, um detalhe que faz dele único!

Meio sujas talvez, mas nada que um bom banho não resolva.

Como todo cão de rua ou perdido por aí, tem aquele olhar doce, de derreter corações.

E então aqueles olhos meigos começaram diariamente a me acompanhar nas caminhadas a beira-mar.

Por vezes eu encontrava o Pata Branca a muitos km da minha casa, quando já estava no percurso de retorno.

Em outras, eles parecia que sabia a hora que eu iria sair para andar, pois já estava plantado, creio eu a minha espera, na bocada da saída para praia.

Ao longe já olhava e lá estava aquele pretume todo, com a fuça mais fofa do mundo me esperando para se cansar ainda mais...

Mas meu amigo é um tipo diferente. Um cão de rua civilizado e não faminto.

Eu, sempre preocupada que o pobre coitado pudesse ter fome ou sede, oferecia de tudo pra ele, que só cheirava um pouco, educadamente.

Porém como que parecendo não querer fazer desfeita, tomava um pouquinho de água e comia um bocadinho de ração.

Logo, seguia meus passos, quase colado nos meus calcanhares.

Por vezes na minha frente, olhando para trás para se garantir que eu continuava junto a ele.

O engraçado é que o garoto não era interesseiro.

Não queria comida ou bebida, apenas a minha companhia mesmo...

Pois, quando chegava a minha casa, ele parecia querer me ver entrar em segurança, para em seguida seguir seu rumo dia a fora.

Voltei para a cidade.

Retomei minhas atividades, a loucura é geral.

Mas mesmo super atucanada, com milhões de coisas para colocar em dia, volta e meia estou pensando no Pata Branca.

Ficou a saudade e a bela lembrança do meu querido, meigo e fiel companheiro de caminhadas.



Olá

Quero aproveitar está oportunidade, para registrar, o quanto é satisfatório ter um cão adotado em casa.Sempre tivemos cachorros de raça em nossa casa, porém, quando a nossa Hotweiler morreu, meu Pai falou:Desta vez faremos diferente, ao invés de comprar um cão, iremos adotar.Confesso que fiz cara feia, o preconceito veio direto a minha mente, e não concordei com a atitude de meus Pais.Passados alguns dias, lá estava a pequena Barroca, este foi o nome que recebeu de meus Pais,feinha,cheia de carrapatos, magrinha, medrosa demais, pensei comigo,que cachorro que foram trazer para casa,mais preconceito da minha parte.Pois, os dias se passaram, após vários banhos, vacina, comida e muito carinho, a Barroca se transformou e nos transformou, sempre alegre e disposta a brincar e nos fazer rir muito.ADORAMOS ela, é nossa alegria ao chegar em casa.Cuidem muito destes pobres indefesos,ADOTEM, vai ser legal.


Elisandra, belo modelo de seus pais e como você reconheceu isso posteriomente.

Se as pessoas que amam cães adotassem, ao invés de comprar, iríamos ter muito menos caninos abandonados nas nossas ruas...

Muito bom seu depoimento.

bjo!


Pensei a mesma coisa que a de.guria falou ,parece mais um anjo que estava sempre ali para lhe proteger,e também quase chorei com o conto ,lindo, adoro os animais e não sei se resistiria de leva-lo pra casa mesmo já tendo 8 anjinhos desse em casa,entre cães,gatos e jabuti.

Adorei beijos.


Nossa Nicinha, você é super "bixeira" mesmo...

Tb me comovo demais com todos animais solitários e desamparados deste mundo, as vezes muito cruéis com eles.

bjo gr e obrigada pelo seu post!


Ai que lindo esse conto, eu amo animais, gatos, cachorros, pássaros,de vez enquanto eu adoto um animal de rua, eles são muitos agradecidos mesmo,so querem muito carinho e muito amor....So não sei se eu resistiria a vontade de levar o PATA BRANCA PRA MINHA CASA....BJS!!!!


Sylvinha, acredito que pessoas que amam animais, assim como crianças (desculpem as mamães por ter deixado elas por último) são gente do bem.

Um coração de ouro.

obrigada pelo seu post.

bjo gr!


Foto

Juro q antes do final ja estava chorando ...

Historias com animais tocam muito em mim , sou maior fa dos bixos....


somos almas gêmeas nesse quesito.

muito sensível a bixos também.

valeu ter passado por aqui...

bjo!


Maya... Naum creio que conseguiria deixá-lo sozinho... Acho que este é um exercício de desapego que naum sei praticar.

No entanto, sei que existem anjos em nossa vida que nos acompanham e se apresentam de diferentes formas. Talvez este tenha sido seu anjo guardião para que nada de ruim lhe acontecesse.

Muito legal sua crônica (ou conto?).


vc falou sobre algo lindo - pode ter sido um anjo mesmo...

obrigada por suas palavras...

bjo!


Ah, eu não ia resisitir, não...

Ia dar um jeito de trazê-lo pra minha casa, pra minha vida!!!

Rsrsrs...

Nessas horas eu assumo: invado mesmo, arrebato e mando às favas a liberdade de cão de rua... adotaria-o, sem dó nem piedade!


Ai Alice, vontade não faltou mesmo.

Ainda mais com aquela cara de pidão q ele tinha...

Mas procurei respeitar a vontade dele.

Nao quis forçar a barra com o Pata Branca.

Obrigada por ter passado por aqui.

bjo!


AMEI O BLOG, MAYA...


Obrigada Nary...

bjão!