Olho Gordo, Quem Acredita Nisso?

maya
Postado em:
27/01/2012 - 18:50
Ilustração: gettyimages

Alguns sim, outros dizem que não. Eu não creio em “mau-olhado”, olhar invejoso e tantas outras crendices que correm por aí.
Fala sério, pra mim isso não existe mesmo!
Porém... E sempre há um “porém”, alguns acontecimentos no decorrer do mês de janeiro deste ano, me fazem repensar o assunto.
Será que depois de tantas primaveras, comecei a entrar em paranóia?
Vou descrever os “cases” em episódios, não perca nenhum capítulo!

Episódio Um:
Tudo começou com o plano da viagem.
Meu marido e eu resolvemos fazer uma viagem de navio, que é o sonho dele...
Depois de analisar e debulhar na internet tantos e tantos cruzeiros decidimos por um especial, que achamos a nossa cara.
Lógico que você já sabe o que aconteceu com o navio que íamos fazer o nosso cruzeiro, certo? É, é este mesmo que você está pensando!
No momento, obviamente nem dei importância.
A não ser pela perplexidade diante de tanta incompetência, imprudência e pavoneamento de macho alfa do comandante.
Puro exibicionismo acarreta numa grande tragédia! 

Episódio Dois:
De cinco em cinco anos, datas fechadas, costumo fazer uma festinha legal no meu niver.
Neste ano, particularmente na sexta feira 13, planejei com muito cuidado e afinco (eta palavrinha teatral) um evento muito especial.
Aproveitando a data, alinhei a celebração (mais uma palavra rebuscada) para os convidados virem personalizados.
O título do convite era “vista-se de ilusão”.
Ilusão minha foi pensar que a festa sairia como programei!
Muito entusiasmada, delineei o festejo para o jardim, com muitas velas para iluminar o ambiente e até um toldo gigante foi colocado para evitar surpresas molhadas.
O que não resolveu muito, pois a chuva era tal que foi impossível conter tanta fúria em forma d’água.
Comidinhas deliciosas foram cuidadosamente pensadas.
A decoração, eu e uma amiga nos acabamos trabalhando em cima do mote da festa.
Contratei um DJ bala para balançar o esqueleto.
Arrumei e reloquei todos os móveis da casa, para caber mais espaço.
Pronto e com o aparato todo organizado, encarnei o personagem Tina Turner!

Todos os ingredientes para ser uma noite especial.
Mera ilusão!
O pobre DJ incendiou uma das caixas de som na troca de voltagens.
Um dilúvio ocorreu justamente no meu dia, ao escurecer aumentou com trovoadas e raios trazendo uma verdadeira enxurrada de água...

Compareceram corajosos 30% das pessoas convidadas, direciono a eles um agradecimento carinhoso por terem salvado a dignidade do acontecimento.

A todo o momento eu recebia torpedos do tipo: “Uma indiana e um árabe estão encalhados, impossível ir”. “A Sharon Stone afundou o pé no lama, resolvemos retornar, não consigo nem caminhar, que fará, dançar”!
Assim, coisas desse tipo...
Compreendo perfeitamente a situação, pois até eu mesma estava desistindo da minha festa, pois a inundação era absurda.
Só não o fiz em consideração aos valentes amigos que, encharcados e como uns pintos molhados, chegaram à minha casa naquela noite.

Episódio Três:
Mais curtinho, porém desastroso.
Justo na semana em que mais eu precisava me locomover pelo trabalho extra de organizar minha festa, meu maridão bateu e arrebentou com meu carro.
O que me fez uma caroneira chata de qualquer boa alma que pudesse me levar onde precisava ir.

Episódio Quatro:
Totalmente horripilante!
Exatos três dias após tanta desilusão e ainda em fase de recuperação dos meus brios, minha secretária achou um gato preto morto em estado avançado de putrefação no meio das folhagens!
Não queira imagina o cheiro de carniça podre que tomou conta do frescor do meu jardim.
Para retirar o bichano, foram necessários muitos jornais e sacos plásticos para enrolar o pobre.
O que não diminuiu o fedor da situação e tivemos que retirá-lo do entorno da casa.
Nesse leva-bicho-ensacolado com uma mão pendurada para fora do automóvel e na ânsia de se livrar logo daquela coisa, eis que o embrulho escorregou e tudo se foi ao chão.
E de quebra, a roda traseira do carro ainda teve a infelicidade de passar por cima do animalzinho defuntado. 

Ui, chego a ter arrepios com isso...

Episódio Quinto e último:
Assim espero!
Meu marido viajou uns dias depois e fiquei somente na companhia do Buja, meu fofo cachorrinho.
À tardinha, durante uma corridinha básica para relaxar o cerebelo, uma tempestade me surpreendeu.
Tratei de voltar rapidinho pra casa e tomar um bom banho quente e vestir roupas sequinhas.
Feito isso e feliz da vida, me senti melhor, porém iniciou, primeiramente, uma tosse esquisita arranhando a minha garganta. Tipo disco long-play arranhado.

Pensei: vai passar!
Passar nada.
A coisa só foi piorando.

Tive uma crise alérgica asmática de proporções gigantescas, que quase me matou.

Minha garganta fechou e eu guinchava a procura de ar.
Meu nariz, nem pensar, há muito havia deixado de ventilar, embora tivesse entupido de todos sorines  que pude encontrar.
Não sabia o que fazer e comecei a ficar apavorada.
Logicamente que quando mais bate o pavor, inicia uma pane irracional do medo de morrer.
Tentei pensar, mas só queria ar para respirar...

Então, forcei para me acalmar e fui obrigada a segurar a onda.
O Buja me olhava desconsolado, meio que perguntado: que faço para ajudar?
Bem, o susto passou.
Tomei uma injeção e voltei às boas, mas sério mesmo – me vi mal nessa parada!
Então, voltando à novela deste início de 2012, volto a matutar: terá alguém de olhão pra cima de mim? Cruz credo, Deus me livre e guarde!

Por outro lado, pode ser que tudo seja pontual, situações soltas que calharam para mim, nada a ver se grilar com isso...
Mas que deixa a gente com um elefante atrás da orelha, deixa mesmo!

Para todos os episódios, tem explicações racionais, claras.
Ok, menos para o gato preto!
De qualquer modo, prefiro pensar que se eu entrar nessa freqüência e cair nessa onda, ai de mim!

Vou ficar paranóia até com a minha própria sombra.
Será que a minha sombra, pode ter inveja de mim?
Ichi.. sai dessa vibe criatura!
E afinal: olho gordo existe ou não?



Acho que o pior foi a tua agonia com a garganta fechada, e o gasto maior foi com o carro.

Mas que bom que não estava no navio no desolado dia em que afundou.

Por via das dúvidas, quando for limpar tua casa, põe sal grosso na água e limpe de dentro pra fora. Mal não vai fazer!

Aposto que passada essa onda de azar, terá uma "tempestade" de coisas boas.

Beijos!


Caraca Cris, você nem vai acreditar, pois eu mesma tenho dificuldade de crer.

Passado esses episódios, ainda na mesma semana, fui retocar mechinhas do meu cabelo - o que faço sempre...

Nào é q tive uma alergia horrível, meu rosto empelotou todo e o nariz ficou batatudo e vermelho feito tomate podro.

Pode?

Tem mais: dois ou três minutos depois,enquanto a cabelereira, super nervosa, tratava de passar água mineral para acalmar minha pele, caiu uma aranha enorme em cima de mim...

Pode crer pois foi exatamente isso q aconteceu...

Aff!

Desde então algumas coisas estranhas andam me rondando, mas como não dou mesmo bola pra isso, deixo passar e nem falo mais.

Senão vou é ficar pirada mesmo!

bjo e obrigada pelas dicas...hehehe


Nossa, que fase!

A culpa é da cabeleireira, ela não usou o produto certo, hehe!

E quanto a aranha, faltou dedetização no salão!

O lance é desencanar, senão dá impressão que tudo dá errado além do que deveria.


Beijos!


Procuro não acreditar em inveja, olho gordo...essas coisas, melhor pensar que foi só uma má-fase.. apenas más coincidencias, e que isso tudo vai passar...

Maya me desculpa mas eu ri na hora do sorine, sou "viciada" nessa m...... kkkkkkkkkkkkkk

Tb adorei o texto, apesar de "trágico" hihihihihi


Pois é Barbie...

No final das contas, a gente acaba rindo da própria desgraça mesmo...hehehehe

obrigada pelo post.

bjo!


Gostei muito do texto, realmente e infelizmente essas coisas existem, inclusive na família, o que é lamentável, ter que mentir sempre pra menos pra que não fiquem com inveja de mim. sempre reduzo tudo quando vou contar, inclusive meu salário. rsrsrs... antes ficarem com pena do que com inveja, pois sei que isso seca a vida da gente..

beijos.


Gisinha... obrigada pelo seu comentário.

Na verdade nem mesmo eu acredito nesse tipo de coisa e sim que pode existir energias negativas...

Bem, enfim... foi!!!

bjo.


Bahhh amiga. Não vamos chamar de olho gordo, porque ai podemos ficar impressionadas. Mas que bateu uma NHACÁ braba bateu, eu tomaria um banho de sal grosso e depois um de 7 ervas. Sabe como é né SEGURO MORREU DE VELHO.....Mas foi só uma fase, já,já o vento muda de direção!!!!


Assim espero Vica, assim espero...

bjo e obrigada pelo post.


Nossa, nunca acreditei nessas coisas, mas esses acontecimentos aqui narrados dá pra ficar com medo.


Dani-Mg, eu também...

bjo!


Minha sobrinha, uma bela escritora e jornalista, em reposta ao ocorrido...

Olha, tia, analisando assim, de modo rasteiro, aparentemente foi tudo culpa do gato preto. Os acontecimentos que antecederam a descoberta do bicho defuntado no jardim provavelmente se deram enquanto ele ainda era vivo e mancumunava contra a tua pessoa. A má sorte vinda após o sepultamento nada digno dado ao pobre bichano, deve ter um quê de vingança dele. Tudo indica, inclusive, que a morte do gatuno se deu na sexta-feira 13. Ademais, acredito que um banho de sal grosso caia bem. Ou reza braba.

No mais, como tudo sempre poderia ter sido pior, que bom que tu não pegou aquele navio, hein?

#jogo do contente

beijos


Tenha plena convicção que teu Anjo da Guarda não descansa... E está te protegendo sempre... Visto que "tudo" passou...

Mas amei o texto.


Ai amiga... nem me fala!!!

obrigada, como sempre!...

bjo!


Obrigada Nary.

bjocas!


AMEI O BLOG...