Reprodução: gettyimages

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“Nós, gatos, já nascemos pobres. Porém já nascemos livres...” Saltimbancos

Depois de assistir o Comer, Rezar e Amar no cinema, fui buscar minha pequena na vovó e no caminho para casa, ensinei essa música dos saudosos Saltimbancos pra ela.

Influenciada pelo filme e pela música, me peguei pensando sobre a expressão “ser livre”... Sobre a grande dificuldade das pessoas em manter o equilíbrio que, a meu ver, é a única forma de ser realmente livre...

Há pessoas que morrem pela boca, outras pelo coração e outras ainda pelo bolso. Sofrem, sofrem sem conseguir a libertação. Na realidade, todas estão de alguma forma com a mente travada, com o olhar fora de foco e com a alma sem fé.

Muitas morrem - agora no sentido literal - sem nunca sequer sentir o gosto da liberdade, sem nunca ter conseguido enxergar que a ruína é um processo de aprendizado puro e que tudo, tudo mesmo, sempre poderá ser reconstruído.

Quem atravessa a morte “figurada” encontra o equilíbrio e consegue se libertar para viver sem medo os próximos desequilíbrios que a vida trará.

Bem-aventurados aqueles que nunca desistem de si mesmo.

Publicado originalmente
em 18 out 2010