Ilustração: wallcoo.net

O texto de hoje é uma colaboração de Ana Letícia C. Rizzon, que também é nossa parceira no Consultório Virtual.

Sorte é uma palavra que vem à minha mente quando observo a construção de amor saudável. Você já pensou na relação entre essas duas palavras? Esse texto te convida a essa reflexão!

Muito se estudou e se estuda sobre as variáveis envolvidas na escolha do parceiro. Até porque esse passo constitui uma etapa importante que prognostica a satisfação, qualidade e sucesso conjugal. Modelos conjugais transgeracionais, cultura, ambiente, instintos... Tudo certo e lógico, mas e a sorte?

Entre milhares de pessoas uma encontra a outra e ambas decidem viver uma relação complexa como a amorosa. Ok, começa assim com todo mundo. Só que as vezes acontece a mágica de essas duas pessoas terem afinidades, objetivos comuns, projetos de vida similares, boa química sexual, níveis culturais, de autoestima e de maturidade parecidos... e daí  Bingo! Acabei de ver o dedo da sorte! Ou você acha que não? Segue o meu raciocínio: temos um nível de “controle” interessante em muitos aspectos de nossa vida e claro que uma dose de sorte em qualquer área é sempre bem-vinda.

Quer sucesso profissional? Se você tiver dedicação e fizer boas escolhas provavelmente virá. Quer dinheiro? Se você trabalhar, focar e administrar direitinho provavelmente terá. Quer uma casa própria?

Se você planejar, economizar e investir terá grandes chances de chegar lá. Quer encontrar um amor bem legal para compartilhar a vida? Se você ativar as suas redes de contato, frequentar os lugares certos, cuidar da aparência, tiver um bom nível de habilidades sociais, maturidade, autoestima, se permitir conhecer e se deixar conhecer (entre outras coisas) ajudará bastante a tão esperada sorte.  Só que para muitos, veja bem, muitos que eu conheço isso não tem sido o suficiente. 

Não estou tentando simplificar um assunto tão complexo como esse, em que uma série de variáveis, inclusive inconscientes, comandam esse sofisticado processo.

Estou tentando alertar que a sorte, neste caso, tem um papel muito importante.

Isso me lembra da letra da musica de Lulu Santos: “Todo o universo pra gente se perder/Não foi suficiente, olha e vê/ Fez a minha órbita/ Passar rente de você/ E a tua gravidade me prender”. Por isso, caríssimo leitor, se você é um ser  de sorte, como eu, cuida direitinho tá?! Curta “prender” e “estar preso”  na gravidade do outro. Cultiva, investe e valoriza o teu relacionamento. Ah, pra isso não basta só amor, consciência e vontade. Precisa dedicar tempo.  É só nas novelas que o casamento é sinônimo de “felizes para sempre”, na vida real isso é consequência de investimento recíproco. Vejamos o lado bom: pelo menos as maças não são envenenadas, nem todas as madrastas são más e fusos de rocas de fiar enfeitiçados não existem.  Se você é sortudo e tem a faca e o queijo na mão, por favor, não perca a fome!